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A bancada do Psol é formada por Chico Alencar (RJ), Luiza Erundina (SP), Glauber Braga (RJ), Jean Wyllys (RJ), Ivan Valente (SP) e Edmilson Rodrigues (PA). Além do Psol, outros 14 partidos tiveram ao menos uma confirmação até as 13h desta terça-feira: PT (5 deputados), PSDB (3), PSB (3), DEM (3), PPS (2), PCdoB (2), PDT (2), PR (2), SD (2), PMDB (1), PP (1), PTB (1), PTN (1) e Rede (1). Até o momento há 35 confirmações.
Veja quem já confirmou presença
Parlamentares favoráveis à cassação do mandato de Cunha trabalham para garantir o quórum mínimo para a votação e se preparam para enfrentar possíveis manobras de última hora do colega. Profundo conhecedor do regimento interno da Casa, Cunha virá pessoalmente fazer sua defesa na segunda-feira (12). São necessários 257 votos dos 513 para cassar o mandato de um deputado.
Em outra ponta, defensores de Cunha vêm trabalhando com duas estratégias principais: esvaziar a sessão e, caso isso não seja possível, trocar a pena de perda de mandato pela suspensão temporária, de 90 dias ou até seis meses.
Na última terça-feira (30) um grupo de deputados promoveu um ato no Salão Verde da Câmara para coletar assinaturas de líderes partidários em sinal de compromisso de comparecimento de suas bancadas na sessão de segunda-feira. Partidos como o PMDB, de Cunha, e legendas que integram o chamado “centrão”, como PP, PTB, PR, PSC, PSD, PRB, SD, PHS e Pros, não assinaram.
“É um indicativo de que a pressão da opinião pública tem que ser forte, senão eles podem fazer uma operação de salvação do Cunha”, avalia Glauber Braga (Psol-RJ). “De Cunha pode-se esperar qualquer coisa, e dos aliados dele também”, acrescentou.
Glauber Braga criticou a decisão do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em marcar a votação para uma segunda-feira (dia em que normalmente há pouca movimentação no Congresso), em período de campanha eleitoral – 73 deputados concorrem às eleições de 2016.
“É muito ruim que o Rodrigo Maia só tenha colocado em votação no dia 12, e não tenha antecipado essa votação, porque a gente já teve quórum suficiente há muito tempo e essa matéria já poderia ter sido votada”, afirma o deputado do Psol.
Pressão
O Congresso em Foco lançou nessa segunda-feira (5) uma ferramenta para cobrar a presença dos parlamentares na sessão do próximo dia 12. Cada deputado recebeu um e-mail com o seguinte questionamento:
“Senhor(a) Deputado(a),
O Congresso em Foco pode confirmar o seu comparecimento na sessão deliberativa da Câmara dos Deputados marcada para as 12 horas do próximo dia 12 de setembro, na qual será julgado o processo de cassação do deputado Eduardo Cunha?”
Em poucos segundos, o deputado responde se confirma ou não sua presença na sessão do dia 12. Todos os gabinetes serão procurados também por telefone. O leitor pode acompanhar aqui a resposta de cada parlamentar.
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