Com uma das maiores bancadas da Câmara dos Deputados, o PSB fechou questão contra a reforma da Previdência nesta segunda-feira (8), véspera do início dos debates da matéria no plenário. A decisão reforça o posicionamento adotado pelo partido na comissão especial e foi tomada pela ampla maioria do Diretório Nacional em reunião realizada em Brasília.
> Previdência: veja o que vai a plenário
“Praticamente todas as falas reconheceram que, apesar dos avanços obtidos na comissão especial, a grande maioria dos impactos da reforma permanece no regime geral da Previdência. Isto é, na população mais pobre. Por isso, o PSB entende que não tem como votar a favor da reforma e decidiu fechar questão contra a matéria para afirmar a posição partidária”, contou o líder do PSB na Câmara, Tadeu Alencar (PE).
Segundo o PSB, foram registrados apenas um voto contrário e uma abstenção em relação ao tema. Participaram da votação deputados, governadores, prefeitos, vereadores e militantes de todo o Brasil. Estavam presentes, por exemplo, o presidente nacional do partido, Carlos Siqueira (PE); os governadores da Paraíba, João Azevêdo, e do Espírito Santo, Renato Casagrande; o deputado Alessandro Molon (RJ); e o prefeito do Recife, Geraldo Julio.
Alencar explicou que estudo encomendado pelo partido revela que, mesmo com as alterações impostas pela comissão especial em pontos polêmicos como o Benefício de Prestação Continuada (BPC) e a aposentadoria rural, a reforma continua atingindo os mais pobres. “Os segurados pelo regime geral, o abono e o BPC respondem por 79% dos impactos da reforma”, revelou Alencar, lembrando que antes da discussão na comissão especial essa participação era de 83%. “Da economia prevista, R$ 181 bilhões são dos servidores públicos e R$ 671 bilhões dos segurados do regime geral, que correspondem a 66% desse impacto”, acrescentou o líder socialista.
Ele reconheceu, por sua vez, que alguns deputados socialistas têm mostrado inclinação a apoiar a PEC. “Essa decisão resolve uma parte daqueles que estavam esperando o partido se posicionar. Alguns já vão ressalvar o entendimento pessoal e acompanhar a posição do partido. Com os demais, nós vamos dialogar”, comentou Alencar, que, mesmo assim, espera harmonia entre a bancada na votação do plenário. “Houve uma posição unitária na CCJ e na comissão especial. Vamos trabalhar para que a posição do partido seja o mais uniforme possível. Haverá um esforço de convencimento e vamos mostrar a importância da bancada acompanhar a posição partidária, claro que com muito diálogo, não é uma camisa de força”, afirmou.
O líder do partido na Câmara ainda garantiu que, diferente do PDT, o PSB não estabeleceu punições para os deputados que eventualmente votarem a favor da reforma. “Imaginamos que não seja necessário. Nossa expectativa e nossa esperança é que não tenhamos exceção na bancada. Mas a posição do partido tem um significado, uma simbologia e naturalmente uma consequência”, frisou Alencar.
> Maia: Reforma é vitória do Congresso, não do governo
Confira a íntegra da resolução aprovada pelo PSB nesta segunda-feira:
“Considerando que uma Previdência Social sustentável e justa precisa, ao mesmo tempo, buscar equilibrar suas contas e garantir acesso a benefícios capazes de garantir uma vida digna aos segurados;
Considerando que, por esta razão, o PSB sempre defendeu ajustes progressivos na Previdência Social brasileira que procurassem conjugar responsabilidade fiscal com responsabilidade social;
Considerando que constitui princípio programático do PSB lutar pelos interesses de todos os que vivem do próprio trabalho, inclusive o direito de aposentar-se com dignidade e de proteger sua família em razão deste trabalho;
Considerando que, nos termos do Substitutivo à PEC 06/2019, aprovado na Comissão Especial no dia 05/07, a atual proposta de Reforma da Previdência imporá medidas cruéis aos trabalhadores mais sofridos e às classes médias de nosso país;
Considerando que, nos termos atuais, a proposta diminuirá o poder de compra desta parcela da população e provocará impactos negativos sobre o consumo, além de ter caráter eminentemente recessivo e, portanto, inadequado para se cumprir a promessa de geração de empregos – o que, por sua vez, também compromete a sustentabilidade da Previdência;
Considerando que, por estas razões, se aprovada, a PEC 06/2019 agravará o principal problema brasileiro, que é a acintosa desigualdade que se verifica entre os brasileiros;
O Diretório Nacional resolve:
Fechar questão contra a PEC 06/2019.”
Partido Satanista do Brasil
https://uploads.disquscdn.com/images/a16a447f8032068e0647f883f8c4a2d8df9eb6f6a82a0dfc310ad215783a5cb6.jpg
E tu é um idiota que se esconde no anonimato. vtnc
A previdência é deficitária, portanto temos que retirar recursos da previdência, como a contribuição patronal, além do trilhão para os bancos. A previdência não pode ser deficitária: ela tem que acabar. Que os trabalhadores se virem fazendo poupança com eventual sobra de salário no fim do mês, se os patrões estiverem pagando demais. Poupança em nossos bancos privados, para que nós, banqueiros, fiquemos mais podres de ricos. E tem que manter os privilégios dos militares, pois eles nos garantem.
Pior. Os privilégios vão continuar. Nunca foi intenção mudar isso e sim espremer ainda mais o sangue do pobre. E não se sabe que monstrengo vai sair depois da votação. Pode acontecer qualquer coisa com esses políticos.