O partido do presidente Michel Temer (PMDB) partiu ao ataque nas redes sociais para tentar reduzir a rejeição popular à reforma da Previdência. Em post no Facebook, o partido condiciona a manutenção de programas sociais, como o Bolsa Família, e o programa de financiamento estudantil (Fies) à aprovação da proposta no Congresso. Entre outras coisas, a PEC prevê idade mínima de 65 anos para a aposentadoria e tempo mínimo de 49 anos de contribuição para a aposentadoria integral.
“Se a reforma da Previdência não sair: tchau, Bolsa Família; adeus, Fies; sem novas estradas; acabam os programas sociais”, diz o texto da imagem publicada pelo PMDB. Ao fundo, “uma ilustração digital de uma cidade em ruínas”, como descreve o próprio partido.
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A publicação foi rebatida pelo PT. O vice-presidente e secretário de Comunicação do partido, Alberto Cantalice, classificou a campanha peemedebista como “terrorismo” para “assombrar” a população. “Fica cada dia mais claro a ausência de alternativas por parte desse governo ilegítimo. Vendo sua equipe de desgoverno cair como um castelo de cartas, os usurpadores se apegam ao terrorismo midiático para tentar sobreviver”, criticou.
Ainda na imagem divulgada no Facebook, o PMDB alega que, sem a reforma previdenciária, o Brasil se tornará “um país sem o investimento mínimo necessário em saneamento básico; sem melhorias em estradas, portos e aeroportos e com cortes nos programas sociais fundamentais”. O post ainda traz link para notícia publicada no site da Casa Civil, em 15 de fevereiro, data em que o ministro Eliseu Padilha, da Casa Civil, discutiu o assunto em audiência na Câmara. Padilha defendeu a aprovação da reforma “para evitar um estrangulamento dos gastos discricionários, como investimentos em infraestrutura e gastos sociais”.
A campanha do PMDB faz parte da estratégia mais agressiva do novo marqueteiro da legenda, Lula Guimarães. Em foto publicada no Facebook na véspera do carnaval, os peemedebistas recomendaram moderação no consumo de bebida alcoólica e cuidados com a saúde aos foliões para “curtir o melhor” da festa e não dar “PT” (em trocadilho com o nome do partido). “Cuidados no Carnaval para não dar PT”, diz o texto, em duplo sentido (PT também é utilizado para se referir a “perda total”). O teor do conteúdo é reforçado com a #PraCegoVer.
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