Rudolfo Lago
No primeiro bloco do debate da TV Record, o candidato do Psol à Presidência, Plínio de Arruda Sampaio, novamente assumiu seu papel de franco-atirador, atacando a todos indiscriminadamente. Logo no início, o candidato do PSDB, José Serra, imaginou que poderia fazer com Plínio uma dobradinha para bater em Lula e na sua política externa. No começo, a estratégia parecia dar certo. Perguntado sobre a estratégia do governo de aproximação do governo do Irã, Plínio concordou com Serra: “É bobagem de Lula querer mediar questões como a do Irã. Isso é mania de grandeza”. Logo em seguida, porém, desestruturou a estratégia de Serra: “Se os Estados Unidos têm bomba atômica, se Israel tem bomba atômica, o Irã também tem esse direito. Nesse ponto, Lula não errou”.
Mas Plínio foi duro mesmo com a candidata do PT, Dilma Rousseff. Sobre o caso Erenice Guerra, Plínio lembrou a Dilma que ela foi indicada ministra da Casa Civil por ela. “Ou você é conivente ou é incompetente”, atacou Plínio. Em resposta, Dilma defendeu que tudo sobre o caso fosse apurado. “Se quando eu for eleita isso não estiver ainda apurado, eu vou completar a apuração de forma acurada”, disse Dilma. Plínio continuou: “Prefiro acreditar que tenha sido incompetência. Mas você terá que nomear muita gente. E acho que não está preparada”.
Sobre Marina Silva, candidata do PV, Plínio voltou a rotular Marina. “Você é ecocapitalista. Você quer agradar gregos e troianos”. Marina foi elegante: “Você me rotula, e eu continuo a te tratar com respeito”. Criticada por Plínio por dizer que fará plebiscitos sobre temas polêmicos, Marina respondeu: “Quando eu digo que quero plebiscito para maconha e aborto é porque confio na democracia”.
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