No entanto, a ofensiva governista parece não dar resultado. Com o arco de adesões recebidas de partidos da base e de parte da oposição, Cunha tem grandes chances de ser eleito hoje (domingo, 1º), mesmo se o pleito tiver segundo turno. Em público, agentes do governo dizem que a situação de Chinaglia melhorou, mas, nos bastidores, alguns já “jogaram a toalha” e reconhecem a força da candidatura Cunha, informa reportagem do jornal O Estado de S. Paulo.
O consenso geral no governo é que Cunha, uma vez eleito, dará muito trabalho para os planos da presidenta Dilma Rousseff em termos de pauta legislativa. “Terminada a eleição, vamos lamber as feridas e tentar unificar a base aliada do governo”, declarou ao jornal paulista o ministro das Relações Institucionais, Pepe Vargas. “Terremoto é sempre no dia do acontecimento. Depois que acontece, fazer o quê?”, indagou outro ministro, Jaques Wagner (Defesa), que passou os últimos dias na articulação da campanha do colega petista.
Jaques Wagner procurou o vice-presidente da República, Michel Temer, para ajudar o governo a reduzir a tensão entre petistas e peemedebistas. O ministro chegou a cobrar a retomada do antigo acordo entre PT e PMDB que estipulada um rodízio entre as legendas no comando da Câmara. Presidente licenciado do PMDB, Temer admitiu que não pode ajudar muito para reduzir o desgaste na base aliada.
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