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“A exatidão do montante e o curto lapso temporal envolvido nas duas transações sugerem, assim, que a conta investigada na Operação Turbulência tenha sido mera conta de passagem”, explica nota da PF.
“Ao investigar mais a fundo a empresa remetente dos recursos, verificou-se que ela possui contratos milionários com o governo do Estado e que suas doações a campanhas políticas aumentaram de forma exponencial ao longo dos últimos anos, notadamente para o partido e candidatos apoiados pelo ex-governador do estado, Eduardo Campos”, acrescenta a força-tarefa.
Ainda com informações da Polícia Federal, 30 policiais foram envolvidos na fase deflagrada na manhã de hoje (terça, 31). Eles cumpriram 10 ordens judiciais, sendo seis mandados de busca e apreensão e quatro mandados de condução coercitiva. Os investigados responderão por corrupção, direcionamento de licitação e lavagem de dinheiro.
O nome da fase que integra a Operação Turbulência foi escolhido pela PF por causa do jargão aeronáutico, vórtex, designação dada ao movimento de massas de ar em formato de redemoinho ou ciclone que geralmente precede a turbulência.
Turbulência
Em agosto de 2016, surge a Operação Turbulência com objetivo de desarticular uma organização criminosa especializada em lavagem de dinheiro. O grupo atuava em Pernambuco e Goiás e movimentou, de acordo com informações da PF, R$ 600 milhões desde 2010.
As investigações começaram após análise de movimentações financeiras suspeitas detectadas nas contas de empresas envolvidas na aquisição da aeronave que transportava Eduardo Campos. Há suspeita de que parte dos recursos que transitaram nas contas examinadas serviam para pagamento de propina a políticos e formação de caixa dois de empreiteiras envolvidas na Operação Lava Jato.
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