Os deputados do PT que podem enfrentar a degola por causa do escândalo do mensalão têm buscado apoio e respaldo em ministros do governo federal. Eles têm sido constantemente arrolados como testemunhas de defesa dos deputados petistas no Conselho de Ética, conforme relata o jornal Folha de S.Paulo em sua edição de hoje.
A estratégia de arrolar testemunhas que figuram no primeiro escalão do governo foi utilizada por João Magno (MG) e José Mentor (SP), dois dos cinco petistas que serão julgados pelo conselho. Apontado como beneficiário de R$ 350 mil do esquema do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza, o deputado João Magno listou para testemunhar em seu favor dois ministros mineiros, Patrus Ananias (Desenvolvimento Social) e Hélio Costa (Comunicações), e o ex-titular da Secretaria de Direitos Humanos Nilmário Miranda. Patrus ainda não mandou seu depoimento.
José Mentor também saiu em busca de figuras de peso para se defender: o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, e o ministro Márcio Thomaz Bastos. Em uma das respostas enviadas por escrito, Thomaz Bastos diz que, “como cidadão”, não conhece “nenhum fato que desabone a reputação do deputado Mentor”.
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A estratégia também foi tentada, sem sucesso, por José Dirceu, ex-deputado por São Paulo. Dirceu arrolou como testemunha o ministro Márcio Thomaz Bastos (Justiça), o atual presidente da Câmara, Aldo Rebelo (PCdoB-SP), e o ex-ministro Eduardo Campos (Ciência e Tecnologia).
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