Há oito dias em greve de fome, o pré-candidato do PMDB à Presidência, Anthony Garotinho, apresentou ontem intolerância ao soro caseiro que vinha tomando por via oral nos últimos dois dias. Segundo o médico Abdu Neme, que vem acompanhando a greve de fome, o ex-governador só agüentará por mais dois ou três dias ingerindo apenas água, porque seu nível de glicose está caindo e seu organismo, por falta de alimentação, tem rejeitado o soro, que poderia hidratá-lo.
"Caso chegue a uma situação de risco, terei de intervir", disse o médico, que está preocupado com a possibilidade de um problema cardíaco do político, que tem sentido alterações cardíacas, tonteiras e cãibras. O ex-governador também tem tido problemas gástricos por causa da falta de alimentação. Ele já perdeu 5,7 kg.
Neme disse que Garotinho só poderá ir à convenção do PMDB, no domingo, se for antes a um hospital. O pré-candidato, porém, reluta em aceitar a orientação.
Diante de 200 militantes exaltados, Garotinho reafirmou sua pré-candidatura e disse que não está pensando em encerrar a greve de fome. "O que vale mais: a vida ou a honra de um homem?" O ex-governador disse que não se sente abandonado pelo partido e que tem recebido muitas visitas e telefonemas de apoio de parlamentares e dirigentes.
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Garotinho faz duas exigências para suspender a greve de fome: que seja instituída uma supervisão internacional no processo político-eleitoral brasileiro, assegurando a igualdade de tratamento a todos os candidatos, com acompanhamento de instituições nacionais que tradicionalmente defendem a democracia, e que os veículos de comunicação que o acusam "cedam o mesmo espaço para que a população possa conhecer a verdade dos fatos".
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