Por 20 votos, o deputado Antônio Palocci (PT-SP) acaba de ser eleito presidente da comissão especial da reforma tributária. Foram registrados ainda três votos em branco e um nulo. O deputado Edinho Bez (PMDB-SC) foi confirmado como vice-presidente. O deputado Sandro Mabel (PR-GO) também foi confirmado relator do colegiado.
"Acreditamos que não vamos solicitar a prorrogação dos trabalhos. Nos últimos 15 anos, é o terceiro esforço de aprovar a reforma tributária. Queremos uma tributação mais justa, e não simplesmente mais simples", destacou Palocci.
Por sua vez, Mabel pregou a união dos parlamentares em torno do tema: "Se Deus quiser, nós não teremos nessa reforma oposição e situação. Será a nossa reforma."
Antes da votação, o líder do DEM na Câmara, Antônio Carlos Magalhães Neto (BA) protestou. De acordo com o parlamentar, a reforma tributária "começa mal", uma vez que os partidos de oposição não foram consultados sobre quem deveria comandar a comissão especial da reforma tributária. "Os partidos de oposição foram alijados do processo", disparou ACM.
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Para o líder oposicionista, a reforma tributária deve ter três pilares básicos: redução da carga tributária, rediscussão do pacto federativo e simplificação do sistema tributário.
O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), já havia anunciado a escolha dos novos membros do colegiado na semana passada (leia mais). Na ocasião, Chinaglia assegurou que vai trabalhar para que a reforma seja votada na Câmara ainda no primeiro semestre de 2008. “Não será igual às outras vezes”, prometeu o petista.
PublicidadeChinaglia, que esteve presente durante a votação, avalia que a reforma tributária não será profunda. "No mundo não se tem notícia de amplas reformas tributarias, até porque foram feitas nas décadas de 50 e 60", afirmou. (Sofia Fernandes e Tatiana Damasceno)
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