Mendonça Filho explicou que o acordo para não obstruir envolvia só a votação da medida provisória 627/13, concluída na noite de ontem.
O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, anunciou na quarta uma semana de esforço concentrado a partir da próxima segunda-feira para o destrancamento da pauta e a votação de 48 propostas indicadas pelos partidos como prioritárias.
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Mendonça Filho disse hoje, no entanto, que o partido quer priorizar o que considera mais importante no momento: a investigação sobre a Petrobras. “Esperamos que outros partidos de oposição entrem em obstrução também” , defendeu.
O líder do Democratas informou que, até a próxima semana, parlamentares devem entrar com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal para garantir a instalação da CPI. “A oposição está tendo seu direito de atuar cerceado. Houve uma manobra protelatória da base do governo, com apoio do Renan [Calheiros, presidente do Senado]”, criticou Mendonça Filho.
Para o deputado Fernando Ferro (PT-PE), no entanto, a oposição não quer investigar e está usando a CPI com fins eleitoreiros. “Lamento que não se queira fazer uma investigação pra valer. Porque se quiser nós iremos. Nós somos favoráveis a uma ampla CPI que investigue todas as denúncias.”
O presidente do Senado marcou para 15 de abril a sessão do Congresso em que será lido o pedido da oposição para criar uma CPI Mista da Petrobras.
Renan também recorreu à Comissão de Constituição e Justiça do Senado sobre a instalação de outras duas CPIs – desta vez só de senadores. Uma foi formalizada pela oposição e também quer investigar a Petrobras. A outra foi proposta pela base aliada e quer investigar, além da estatal, denúncias como a do cartel do metrô de São Paulo e irregularidades na construção da refinaria Abreu e Lima no porto de Suape, em Pernambuco. A base aliada coleta assinaturas para formalizar um pedido de CPI mista com esse mesmo teor.
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