O novo nome escolhido para presidir a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), ligada ao Ministério da Educação (MEC), tem um histórico ligado com a defesa do criacionismo. Benedito Guimarães Aguiar Neto foi nomeado nesta sexta-feira (24) para suceder Anderson Ribeiro Correia.
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Desde 2011, Benedito Guimarães era reitor da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM), que possui um núcleo de Pesquisa específico para a “Ciência, Fé e Sociedade”, responsável por estudar a Teoria do Design Inteligente, uma versão atualizada do criacionismo. O Design Inteligente questiona a teoria darwinista, que defende a evolução dos seres humanos.
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Benedito Guimarães irá suceder Anderson Ribeiro Correia, que deixou o cargo em dezembro do ano passado, para reassumir a reitoria do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). De acordo com a Capes, Benedito é membro Honorário da Força Aérea Brasileira, com as medalhas Amigos da Marinha e Exército Brasileiro e possui formação acadêmica especializada em Engenharia Elétrica. Benedito também é evangélico e compõe a Associação Brasileira de Instituições Educacionais Evangélicas (ABIEE).
Em um congresso realizado em outubro do ano passado, na Mackenzie, Guimarães disse que queria disseminar a teoria criacionista na educação básica. “Queremos colocar um contraponto à teoria da evolução e disseminar que a ideia da existência de um design inteligente pode estar presente a partir da educação básica, de uma maneira que podemos, com argumentos científicos, discutir o criacionismo”, afirmou em uma publicação no site da universidade. Ele afirmou, também, que queria ampliar os estudos do Design Inteligente no Mackenzie. Para assumir o cargo de presidência da Capes, Guimarães deixou o antigo cargo de reitor.
Entre as responsabilidades da Capes estão a formação de professores da educação básica e promoção da cooperação científica internacional, por meio de concessão de bolsas e fomentos à pesquisa, de avaliação e acesso, e divulgação da produção científica.
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Gregos, romanos, povos nórdicos, Europa, tinham ou têm sua visão idealizada da criação do universo,do mundo e do homem. Medos, persas,assírios , hindus,chineses, japoneses, judeus,árabes, Ásia em geral também. Povos africanos, habitantes primitivos da América, autóctones de Nova Zelândia, Austrália, todos tinham uma explicação de porquê e como estamos aqui neste planeta, de onde viemos, pra onde vamos.A política, com suas mazelas e precariedades , criou governos e formas de governar.Assim irremediavelmente, não há como dissociar política de governo A entrada da religião na administração pública brasileira é algo controverso e diria, caótico.O Brasil, tem descendentes da esmagadora maioria dos povos acima elencados.Qual criacionismo, ou melhor dizendo, o recente neologismo, design inteligente, poderá prevalecer?. Pelo que sabemos, é impossível separar o físico do imaterial, bem como impedir idiossincrasias políticas ou religiosas.A política (de pólis), mesmo com toda dificuldade em cuidar bem ou mal, do físico, cuidaria do homem e seus problemas físicos no agora. A religião (de religare), da alma e seu destino no agora e no futuro. Peço licença pra ir um pouco mais além. Respeitosamente, e vênias ao Sr. André,criacionismo não tem nada a ver com hipótese, e sim visão religiosa.
Excelente matéria e triste fato. Contudo, cientificamente falando, o termo “teoria” está sendo empregado de maneira errada nesse texto. Utilizar a palavra da maneira correta é importante para que constatações de fatos e conclusões obtidas a partir de um amplo conjunto de estudos sérios não sejam colocadas em pé de igualdade com opiniões e crenças pessoais. Uma teoria é um conjunto de hipóteses científicas que foram (e continuam sendo) submetidas a testes, mas que não foram falseadas até o momento. Assim, teorias científicas são fortemente embasadas por diversas pesquisas feitas de forma independente por diferentes cientistas ao longo do tempo. Exemplos de teorias: Teoria da Evolução, Teoria Celular, Teoria da Tectônica de Placas, Teoria Atômica e Teoria Heliocêntrica. Já hipóteses são suposições, podendo ser científicas (se falseáveis) ou não científicas (se não falseáveis). O criacionismo não tem caráter científico e não há pesquisas que o sustentem. Assim, o ideal é referir-se ao criacionismo como uma hipótese, não como uma teoria.
“design inteligente pode estar presente a partir da educação básica” – que comodidade.. logo quando o cara se recusa a entender algo pode dizer que foi tudo feito pronto.