Logo no início da manhã, a comitiva de senadores vai se reunir com o Comitê de Familiares Vítimas das Guarimbas – como são chamadas as ações de guerrilha na Venezuela. Está prevista para as 13h uma reunião com partidos de oposição. As legendas oposicionistas acusam o governo do presidente de Nicolás Maduro de tomar posições antidemocráticas e limitar a liberdade de imprensa. Logo depois, às 15h, os senadores vão se encontrar com representantes do Ministério Público e da Defensoria Pública.
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Para as 17h, está prevista a última reunião oficial do dia. A comitiva vai se encontrar com o presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, e com a ministra de Relações Exteriores, Delcy Rodrigues. Ao fim do dia, os senadores retornam para o Brasil.
A constituição de uma comitiva para visitar a Venezuela foi aprovada pelo Plenário do Senado na semana passada. O requerimento pedia a verificação in loco da situação política, social e econômica da Venezuela. O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse esperar que a comitiva tenha uma recepção civilizada. Segundo o presidente, a comitiva atual representa o Senado, assim como a comitiva anterior.
Primeira visita
Esta é a segunda comissão de senadores que visita a Venezuela em duas semanas. Na quinta-feira passada (18), um grupo de senadores desembarcou no país vizinho com a intenção de conversar com presos políticos. No entanto, a van que conduzia os senadores foi parada por manifestantes. Depois do incidente, a comitiva enfrentou problemas no trânsito e teve de voltar ao aeroporto, sem cumprir a missão.
No retorno ao Brasil, os senadores criticaram a Venezuela e o governo brasileiro – que, segundo eles, não apoiou a comitiva de forma devida. O senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) chegou a dizer que os parlamentares brasileiros foram para uma “arapuca armada pelo governo venezuelano”, com a cumplicidade do governo brasileiro. Como reação, os senadores integrantes da comitiva anunciaram ações que visam a exclusão da Venezuela do Mercosul.
A senadora Ana Amélia (PP-RS) apresentou um voto de repúdio – que foi enviado à Venezuela, mesmo sem ter o apoio da maioria dos colegas. A constituição de outra comissão também foi motivo de discussão entre os senadores. Para Aécio Neves (PSDB-MG), a nova comitiva é “chapa branca”. Na visão de Lindbergh, porém, a comissão anterior teve um papel incendiário na Venezuela e atuou com um viés político, de olho na política interna do Brasil.
– Queremos ter uma posição equilibrada. A última coisa que queremos é que a Venezuela entre em uma guerra civil – afirmou Lindbergh.
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