Folha de S. Paulo
Popularidade de Alckmin cai; 40% rejeitam Haddad
Não foi apenas a popularidade da presidente Dilma Rousseff que acabou corroída pela onda de protestos que tomou o país. O movimento abalou os índices de aprovação dos governadores dos dois maiores Estados do país: Geraldo Alckmin (PSDB), de São Paulo, e Sérgio Cabral (PMDB), do Rio; e ainda dos prefeitos das duas maiores cidades: Fernando Haddad (PT), o titular da capital paulista, e Eduardo Paes (PMDB), da capital fluminense.
Todos os dados são da pesquisa Datafolha finalizada na sexta-feira passada. A aprovação de Alckmin caiu 14 pontos no intervalo de três semanas –Dilma perdeu 27 pontos no mesmo período. Os 52% de avaliação positiva do tucano em 7 de junho, pouco antes do início dos protestos, foram reduzidos para 38% na pesquisa recente.
Abalo ainda maior foi sentido por Haddad, cuja administração tem só seis meses. Seu índice de aprovação caiu 16 pontos em três semanas, de 34% para 18%. A reprovação do petista (soma dos julgamentos ruim e péssimo) subiu de 21% para 40%.
Vantagem de governador diminui em SP
A onda de protestos populares que começou em São Paulo pela redução das tarifas do transporte diminuiu a vantagem do governador Geraldo Alckmin (PSDB) sobre seus potenciais rivais na corrida pelo Palácio dos Bandeirantes em 2014, segundo pesquisa Datafolha.
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O tucano, que pretende se candidatar à reeleição, caiu nos quatro cenários investigados pelo instituto. Conforme os adversários colocados no cartão da pesquisa, a queda do governador oscila de 8 a 13 pontos percentuais.
Apesar disso, não há um adversário de Alckmin que tenha crescido de forma expressiva durante as semanas de manifestações.
País se divide sobre uso de médico estrangeiro
O projeto de trazer médicos estrangeiros ao Brasil para atuar em regiões carentes de profissionais de saúde divide a opinião dos brasileiros.
Pesquisa Datafolha revela que 47% são favoráveis, e 48%, contrários à principal medida para melhorar área da saúde reforçada pela presidente Dilma Rousseff após a onda de protestos pelo país.
A aprovação ao projeto é maior entre os mais jovens (51%), entre os menos escolarizados (56%), entre os mais pobres (54%) e entre os moradores do Nordeste (56%).
Quanto maior o grau de escolaridade e a renda familiar mensal do entrevistado, menor é o apoio à contratação de médicos estrangeiros.
Dilma apressa plebiscito para conter crise
Vivendo seu pior momento à frente do Palácio do Planalto, com queda de popularidade e onda de protestos, a presidente Dilma Rousseff definiu com sua equipe estratégia de reação que prevê priorizar a aprovação da proposta de plebiscito sobre reforma política como uma das “portas de saída” para a atual crise.
Ela vai ainda intensificar a interlocução com o empresariado, com quem programa reuniões nesta semana, para combater o clima de pessimismo na área econômica.
Dilma cobrará também ações para mostrar que o governo “não está parado” em reunião ministerial hoje. Na linha de agenda positiva, a presidente receberá hoje a seleção brasileira –ela não foi à final da Copa das Confederações temendo vaia.
Propor constituinte foi erro grave, diz ministro do STF
A reforma política feita por meio de um plebiscito é temerária e de “difícil exequibilidade”, diz o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal. Para ele, a presidente Dilma Rousseff deveria ter ouvido mais os chefes dos outros Poderes e líderes políticos antes de lançar a ideia.
“Acredito até que isso evitasse alguns equívocos na própria abordagem das propostas”, afirma Gilmar em entrevista à Folha e ao UOL, empresa controlada pelo Grupo Folha, que edita a Folha. “Tenho dúvida sobre que perguntas serão dirigidas à população. Por exemplo: vai se adotar o sistema alemão misto distrital e proporcional? A população saberá distinguir?”, indaga.
Líderes do PT evitam endossar o ‘Volta, Lula’
Petistas ouvidos pela Folha dizem que a queda nas intenções de voto para 2014 da presidente Dilma Rousseff, revelada ontem pelo Datafolha, ainda que coloquem o partido em alerta, despertaram um movimento de “solidariedade” à presidente.
Segundo a pesquisa, realizada nos dias 27 e 28 de junho, sua taxa de intenção de votos caiu até 21 pontos percentuais. Embora ainda lidere a disputa de 2014, a queda indica que hoje ela teria de enfrentar um segundo turno.
Para Aécio, pesquisas mostram indefinição
O senador Aécio Neves (PSDB-MG), provável candidato a presidente, procurou destacar ontem o crescimento de nomes da oposição na pesquisa Datafolha. “É um resultado que deve preocupar aqueles que no governo achavam que a eleição de 2014 já havia terminado.”
Para ele, “pesquisas são apenas um retrato do momento e, por isso, devem ser sempre vistas com cautela”. Entretanto, destacou o desempenho obtido no Sudeste, onde tem 23% das intenções de voto ante 22% da presidente Dilma Rousseff.
Oposição a Sérgio Cabral lidera corrida pelo governo do Rio
Os pré-candidatos de oposição ao governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), lideram os dois cenários da primeira pesquisa de intenção de voto feita pelo Datafolha para a sucessão no Estado, que ocorre no ano que vem.
No primeiro cenário, o senador Lindbergh Farias (PT), com 17%, o deputado e ex-governador Anthony Garotinho (PR) e o vereador e ex-prefeito Cesar Maia (DEM), ambos com 15%, estão à frente, empatados tecnicamente.
Estados anunciam medidas após protestos
A exemplo do que ocorreu no governo Dilma Rousseff e no Congresso, a onda de manifestações levou governadores e prefeitos de capitais a tomar atitudes para responder à insatisfação popular.
A Assembleia Legislativa da Bahia, onde o governador Jaques Wagner (PT) tem ampla maioria, aprovou na semana passada um pacote que inclui a redução do recesso parlamentar local de 90 para 60 dias e a exigência de “ficha limpa” para quem ocupa cargo efetivo ou comissionado no serviço público.
Marcha evangélica ‘encolhe’ 40% em SP
O número de participantes da 21ª Marcha para Jesus, megaevento evangélico em São Paulo, caiu 40% em relação à edição do ano passado, segundo o Datafolha. O público calculado pelo instituto de pesquisa anteontem foi de aproximadamente 200 mil pessoas.
Em 2012, na primeira vez em que fez esse levantamento, o Datafolha apontou um total de 335 mil pessoas.
O Globo
Na crise, Dilma convoca ministério
A presidente Dilma Rousseff pretende reforçar, na reunião ministerial que presidirá hoje, a partir das 16h, o compromisso de seu governo com responsabilidade fiscal e programas sociais. A mensagem que deverá passar aos ministros é que o governo está atento aos apelos das ruas, trabalha para atender às novas reivindicações, mas sem se descuidar do equilíbrio fiscal e das conquistas asseguradas na área social. A reunião ministerial marca o momento mais delicado da gestão da presidente Dilma, cuja popularidade está caindo. Há crise na economia e protestos nas ruas por mais e melhores serviços públicos.
Governo tem máquina cara e pesada
É como se um paquiderme tentasse voar ou correr e seu peso o impedisse de avançar. Assim é o governo federal e sua gigantesca máquina administrativa. Nos últimos anos, com crescimento econômico fraco, o consumo dessa máquina é cada vez maior. Por conta disso, os manifestantes entoam nas ruas coros que cobram eficiência, e, agora, até mesmo quem pega carona nessa estrutura, como os partidos aliados, já defende o corte na carne.
Especialistas avaliam que a União gasta muito e mal, e defendem uma reforma administrativa que reduza gastos, aumente a eficiência da gestão e enxugue o número de ministérios. Os números impressionam. A máquina administrativa do governo federal utiliza a mão de obra de 984.330 servidores para fazer seus 39 ministérios funcionarem – eram 24, no final do governo Fernando Henrique Cardoso; e 35, no último ano da gestão Lula. Hoje, o custo anual chega a R$ 192,8 bilhões só com o gasto de pessoal.
Brasil bate Espanha por 3 a 0 e conquista Copa das Confederações em jogo eletrizante
Com grande atuação e sob gritos de “olé” dos 73.531 torcedores que lotaram o Maracanã, a seleção brasileira venceu a Espanha ontem por 3 a 0 e conquistou o tetracampeonato da Copa das Confederações. Os espanhóis, celebrados mundo afora por seu futebol de toque de bola refinado, tombaram diante do talento de Neymar, autor de um gol, do oportunismo de Fred, que marcou duas vezes, do goleiro Júlio César, que, além de excelente partida, teve sorte numa cobrança de pênalti desperdiçada pelo zagueiro Sergio Ramos, e de todo o time brasileira, cuja aplicação foi acima da média. “Foi melhor do que a gente esperava, fechamos com chave de ouro”, disse Neymar, eleito o melhor jogador da partida e da competição. “Com todo o respeito à Espanha, o futebol tem uma hierarquia, o Brasil é pentacampeão do mundo”, afirmou Júlio César. “A gente sabe que vem aí um campeonato muito mais forte (a Copa de 2014). Mas é um caminho que podemos trilhar com mais confiança” disse o técnico Luiz Felipe Scolari. Do lado de fora do Maracanã, manifestantes protestaram pacificamente pela manhã, à noite, porém, um grupo isolado atacou policiais do Batalhão de Choque e houve confronto.
Dia e noite.
Cinco mil protestaram pacificamente no Rio até o entorno do Maracanã. Mais tarde, outro grupo, de mil pessoas, entrou em confronto com o batalhão de choque, deixando oito feridos.
Rio cresce bem mais que o país
Os investimentos de mais de R$ 15,9 bilhões previstos em obras para a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016, junto com as descobertas de petróleo na camada do pré-sal, devem fazer com que o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos) do estado do Rio de Janeiro cresça a taxas superiores que as do PIB brasileiro nos próximos quatro anos – enquanto a economia fluminense avançará ao ritmo de 4,3%, 5,1%, 4,7% e 4,9% deste ano até 2016, a economia brasileira como um todo crescerá 2,4%, 3,3%, 2,7% e 2,8%. Os dados são de estudo do Itaú Unibanco, que faz uma radiografia detalhada da economia fluminense e que será divulgado a clientes e investidores em breve.
Com aprovação menor, aliados esperam mais diálogo com Dilma
A queda na popularidade da presidente Dilma Rousseff, registrada nas últimas pesquisas, criou em líderes da base a expectativa de que o Planalto passe a ouvir mais as vozes dos parlamentares. Desde o início do governo, as queixas da falta de diálogo de Dilma com aliados só crescem. Com a queda na aprovação da presidente, aumentou na base a percepção de que é mais forte a possibilidade da volta do ex-presidente Lula como candidato em 2014.
Reunião de oposição e Dilma não deve ocorrer
Anunciada semana passada, a reunião que a presidente Dilma Rousseff faria com parlamentares da oposição hoje não deverá ocorrer, nem ser agendada para breve. O líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), disse ontem que não houve sequer convite por parte do Palácio do Planalto e, mesmo que a oposição fosse chamada, não faria sentido encontrar-se com Dilma neste momento.
Manhã de paz e noite de confusão no Maracanã
Com cerca de cinco mil pessoas, a “Copa das Manifestações” tomou as ruas da Tijuca ontem em clima de festa, com performances e caminhada pacífica até o Maracanã. Os manifestantes saíram da Praça Saens Peña, na Tijuca, por volta das 10h, alguns fantasiados, com os rostos pintados e as máscaras do Anonymous. Somente no início da noite, pouco antes do começo do jogo entre Brasil e Espanha na final da Copa das Confederações, um outro protesto acabou gerando uma grande confusão no entorno do Maracanã.
O que fazer com os royalties?
O Senado está prestes a aprovar a destinação de 75% dos royalties do petróleo para a Educação, proposta que recebeu aval da Câmara dos Deputados, na quarta-feira passada. A garantia de mais recursos para o setor animou educadores numa semana em que dois estudos evidenciaram nosso atraso na área. Um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) mostrou que o Brasil é o país com o terceiro menor gasto público por aluno, considerando a soma das instituições de ensino fundamental, médio e técnico, entre 31 nações. Já o Movimento Todos Pela Educação revelou que menos da metade dos estudantes do 3º ano do ensino fundamental tem conhecimento adequado em escrita, matemática e leitura.
Na África, Lula diz que Dilma foi extraordinária diante de protestos
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiou ontem, na África, o comportamento de sua sucessora, Dilma Rousseff, diante das manifestações que tomaram o país nas últimas semanas. Para o petista, os protestos são consequência do que foi feito nos últimos 10 anos.
— A presidenta Dilma tem tido um comportamento extraordinário. Em nenhum momento fez qualquer crítica aos manifestantes, a não ser a um outro grupo menor que de vez em quando quebra alguma coisa.
O Estado de S. Paulo
Após pesquisa, base endurece com Dilma e faz cobranças
A queda da popularidade e das intenções de voto na presidente Dilma Rousseff, em pesquisas após as manifestações de rua, apontam para uma mudança na correlação de forças do governo federal com os aliados no Congresso Nacional. Em vez de meros carimbadores de propostas do Executivo, governistas já admitem que a “cartilha da presidente” não será rezada cegamente pelo Legislativo. Ainda que reservadamente, aliados também cobram trocas na articulação política e na equipe econômica.
Manifestações e pesquisas também mexeram com a rotina de Dilma. Hoje, a presidente faz uma rara reunião ministerial para “colocar todos os ministros a par das resoluções do governo, dos encaminhamentos e também fazer recomendações de como conduzi-los”, disse o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, que se reuniu ontem com Dilma e outros sete colegas de Esplanada. A reunião, segundo Bernardo, é para “não deixar os projetos pararem, todos saberem de que forma estão sendo encaminhadas as reivindicações e. também garantir que não haja paralisia ou retrocesso dos programas sociais”.
Presidente tem pior desempenho entre jovens
Após três semanas de manifestações, pesquisa Datafolha mostra que a presidente Dilma Rousseff perdeu intenção de voto e não venceria mais as eleições presidenciais de 2014 no 1° turno. Segundo dados divulgados ontem pelo jornal Folha de S.Paulo, Dilma tem o seu pior desempenho entre os mais jovens, justamente a faixa etária mais presente nos protestos que tomaram as ruas das principais cidades do País.
‘Quando o navio naufraga, os ratos saltam’
Cartas Lupi, presidente do PDT
Demitido do Ministério do Trabalho no primeiro ano do governo Dilma Rousseff, o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, disse ontem que o momento é de solidariedade à presidente da República.
‘É preciso mesmo ir para as ruas’, afirma arcebispo
O homem que desafiou o regime militar e abriu as portas das igrejas do ABC para os trabalhadores em greve no fim cios anos 1970 e início dos anos 1980 – quando era bispo de Santo André d. Cláudio Hummes, arcebispo emérito de São Paulo, defendeu as manifestações que tomaram as ruas do Pais, “Aqueles que não se sentem ouvidos precisam mesmo ir para as ruas”, disse, “O que estamos presenciando é uma forma de realidade muito bonita.”
Dono da festa e campeão
Enquanto cerca de 5 mil pessoas protestavam nos arredores do Maracanã, a seleção brasileira fazia 3 a 0 na até então invicta Espanha – gols de Fred (2) e Neymar – e conquistava a Copa das Confederações pela quarta vez, a terceira consecutiva
Para cumprir meta fiscal, governo mexe no BDNES
Ao mesmo tempo que preparam um corte adicional do Orçamento de R$ 15 bilhões para recuperar credibilidade, o Ministério da Fazenda criou mais uma manobra fiscal para ajudar a fechar as contas do governo. Desta vez, uma alteração contábil permite o ingresso de dividendos no caixa e reforça receitas para cumprir a meta fiscal do ano.
Decreto publicado em edição extra do Diário Oficial da União na sexta-feira à noite alterou o estatuto do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para incluir mudanças na forma de distribuição de dividendos para seu acionista, a União. A alteração no estatuto ocorre pouco tempo depois de o governo ter editado a Medida Provisória (MP) 618 que autoriza o Tesouro Nacional a injetar mais R$ 15 bilhões, em títulos públicos, para reforçar o capital do BNDES.
CGU vê irregularidades da Delta em ferrovia
Declarada inidônea há um ano, durante as investigações da CPI do Cachoeira, a Delta Construções continua no centro de irregularidades reveladas em investigações do governo. Auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU), obtida pelo Estado, aponta superfaturamento, medição de serviços não executados e alterações indevidas na obra da Ferrovia de Integração Oeste-Leste.
Milhões no Egito pedem saída de Morsi
Milhões de pessoas tomaram ontem as ruas das principais cidades do Egito para pedir a renúncia do presidente Mohamed Morsi, no maior protesto do país desde a queda da ditadura, em 2011. Pelo menos 5 pessoas morreram e mais de 200 ficaram feridas. Houve atos em 17 das 27 províncias e três escritórios da Irmandade Muçulmana foram atacados. O presidente rejeitou deixar o cargo e propôs um diálogo com a oposição.
No Cairo, os principais focos de protestos eram a praça Tahrir, epicentro das manifestações que levaram à queda do ditador Hosni Mubarak, há dois anos e meio, que recebeu mais de 500 mil pessoas ontem, e o Palácio Presidencial de Ittihadiya. As palavras de ordem dos manifestantes eram as mesmas da revolta de 2011: “O povo quer a queda do regime” e “Fora!”.
Custo de ônibus será de R$ 6 bi em 2013
As reclamações mais comuns sempre foram sobre pontualidade, limpeza, lotação. Mas, de três semanas para cá, outro problema passou a ser discutido sobre os ônibus de São Paulo: o custo para mantê-los e quem paga a conta.
Os ônibus são financiados, basicamente, por cinco “tipos” de pessoas. Os estudantes, que usam passe escolar e pagam meia passagem (R$1,50), os empregados e os patrões de empresas, que compram vale-transporte, o usuário de bilhete único comum e as pessoas que pagam a passagem com dinheiro.
Correio Braziliense
E o Brasil deitou, e rolou
A Seleção Brasileira deu olé na equipe espanhola na final da Copa das Confederações. A confiança da Espanha, que quase beirava a arrogância, foi destruída por três gols e por um esquema rigoroso de marcação e de faltas dos brasileiros. Até passes os adversários erraram—uma coisa rara para uma equipe que tem, há cinco anos, um constante domínio das situações de jogo (estava invicta há 29 partidas oficiais).
E tudo começou logo no primeiro minuto, quando Fred, deitado, conseguiu empurrar a bola para o gol . “Ô, o campeão voltou”, cantaram 73 mil pessoas presentes. Agora, é tetra deste torneio e o maior vencedor dos campeonatos organizados pela Fifa.
Merenda dos estudantes é guloseima, diz IBGE
Enquanto o avanço da obesidade infantil preocupa especialistas, a pesquisa PeNSE, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que adolescentes de 13 a 15 anos, do 9º ano do Ensino Fundamental, não se alimentam bem. O estudo aponta que 41% dos estudantes consomem doces, balas e chocolates pelo menos cinco vezes na semana. A ingestão dessas guloseimas só perde para feijão, leite e hortaliças, à frente de frutas frescas, por exemplo.
Membro do departamento de obesidade da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Márcio Mancini diz que a quantidade de crianças e adolescentes fora do peso ideal vem crescendo no país. De acordo com o levantamento do IBGE Orçamento Familiar 2008-2009, 15% de crianças e adolescentes apresentavam obesidade ou sobrepeso em 2009. “Em 1974, essa taxa era inferior a 5%”, destaca o estudo.
Pau e pedra
Não adiantou o cerco de mais de 16 mil integrantes das forças de segurança pública ao redor do Maracanã. Também tornou-se inútil o bloqueio dos cartazes de manifestantes nas filas para entrar no estádio. O inimigo, por assim dizer, estava infiltrado desde o início, entre os 1.250 voluntários que integraram o time da cerimônia de encerramento da Copa das Confederações.
Fantasiados de bola de futebol, um casal de manifestantes conseguiu causar um constrangimento imprevisto na cerimônia. Quando a bateria da Grande Rio entrou em campo, um dos figurantes saiu de uma ponta para outra do estádio, enquanto os demais voluntários continuavam parados, agachados.
Onde os royalties já vão para a educação
Pelo menos cinco municípios brasileiros e o governo de Pernambuco se anteciparam ao Congresso Nacional e sancionaram, no primeiro semestre, leis que destinam 100% dos royalties do petróleo para a educação. A proposta apresentada pelo governo federal, com texto de teor semelhante, foi modificada na Câmara dos Deputados e, depois de um acordo de líderes, os parlamentares aprovaram a matéria que destina 75% dos royalties do petróleo para a educação, e 25% para saúde. O projeto deverá ser apreciado pelo Senado esta semana.
Na África, Lula fala da crise
Em tempos de crise, manifestações nas ruas e queda da popularidade da presidente Dilma Rousseff, o principal conselheiro dela e, ao mesmo tempo, o plano B do PT para 2014, anda ausente. Enquanto Dilma se viu obrigada a fazer pronunciamento em cadeia de rádio e tevê e abrir o Planalto para movimentos sociais e parlamentares, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva recolheu-se em um silêncio estratégico, evitou aparições públicas e tinha dado apenas duas declarações, ambas pelas redes sociais. Ontem, final da Copa das Confederações, o ex-presidente estava na Etiópia, a 10 mil quilômetros de distância do Maracanã. De lá, mandou o instituto que leva seu nome divulgar uma nota oficial para elogiar a maneira como Dilma vem lidando com o que chamou de “saudáveis protestos” que tomaram conta das ruas nas últimas três semanas.
Milhões exigem saída do líder egípcio, Morsy
Um ano após sua posse, o presidente Mohamed Morsy enfrenta a maior manifestação de rua desde a Primavera Árabe. A multidão atacou o quartel-general da Irmandade Muçulmana e avisou: o 30 de junho será lembrado como “o dia da segunda revolução”.
O resultado difere do número estimado pela Polícia Militar, que indicou um público de 500 mil pessoas ao longo do evento, que teve início às 10h e se estendeu até por volta das 23h.
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