Folha de S. Paulo
Dilma para de crescer, mas ainda venceria no 1º turno
Quase nada se alterou de novembro até agora na popularidade da presidente Dilma Rousseff e nas taxas de intenção de voto que ela obtém para a corrida pelo Planalto. Ainda assim, a petista continua numa posição confortável e venceria hoje a disputa no primeiro turno, com mais da metade dos votos válidos.
Esse é o resumo da pesquisa Datafolha realizada nos dias 19 e 20 em 161 cidades de todo o país. Foram entrevistadas 2.614 pessoas. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.
Dilma Rousseff desfrutava de uma ampla aprovação para seu governo até a metade do ano passado. Em março, segundo o Datafolha, 65% consideravam sua administração boa ou ótima. No início de junho, a taxa caiu para 57%. Em seguida, despencou para 30% no final daquele mês, na esteira de protestos de rua no país.
A presidente começou então uma recuperação lenta e gradual. Chegou a 41% no final de novembro, última pesquisa do Datafolha em 2013. Agora, no primeiro levantamento deste ano, continua com os mesmos 41%.
Barbosa e Marina poderiam forçar 2º turno
Por enquanto, o único fator que pode causar alguma disrupção para Dilma Rousseff no cenário da eleição presidencial é a eventual entrada de Joaquim Barbosa e Marina Silva na disputa – algo que hoje parece improvável.
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Nessa hipótese testada pelo Datafolha na pesquisa dos dias 19 e 20, Dilma Rousseff (PT) lidera com 40%. No entanto, a soma dos adversários da presidente chega a 43%, assim divididos: Marina Silva (PSB) pontua 17%; Joaquim Barbosa (sem partido) tem 14% e Aécio Neves (PSDB) marca 12%.
Brasileiro quer mudança, mas com petistas
Os brasileiros seguem desejando mudança, uma tendência captada nas pesquisas recentes do Datafolha. Agora, 67% dizem desejar que o próximo presidente adote ações diferentes da atual administração.
Desta vez, o Datafolha foi além no levantamento dos dias 19 e 20 e indagou aos entrevistados qual dos pré-candidatos a presidente estaria mais preparado para adotar as tais mudanças no jeito de governar o país.
Alckmin tem dificuldades para substituir secretários
Tem sido difícil para o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), encontrar nomes que aceitem integrar o primeiro escalão de sua equipe. Diversas pessoas sondadas para comandar secretarias refutaram.
Questionado sobre a possibilidade de reassumir um posto no governo, o ex-secretário de Agricultura João de Almeida Sampaio disse a pessoas próximas que o tempo que resta de governo é pouco para imprimir um novo estilo na administração.
Ato contra a Copa tem confronto e vandalismo em SP
Um protesto contra a realização da Copa que começou pacífico terminou em correria, quebra-quebra e cerca de 120 detidos ontem à noite, no centro de São Paulo.
Pelo menos mil manifestantes, segundo estimativa da Polícia Militar, partiram da praça da República por volta das 17h45 e seguiram em marcha pela Consolação, em direção ao Theatro Municipal. Foram escalados para atuar no protesto mil PMs.
“Baratas tem na Papuda, mas aprendemos a combatê-las”
Mais de três meses depois de ser preso por determinação do STF (Supremo Tribunal Federal), o ex-ministro José Dirceu já estabeleceu uma rotina no presídio da Papuda, em Brasília, onde cumpre pena por causa do escândalo do mensalão.
O relato de quase todos os que podem estar com ele -na lista dos autorizados para entrar na prisão, além dos advogados, estão nove familiares e um amigo, o jornalista Breno Altman- é unânime: Dirceu raramente demonstra estar deprimido ou angustiado. Não se queixa de quase nada. Está bem mais magro. Adotou o hábito de comer sem ingerir líquidos durante as refeições. Os cabelos estão mais curtos.
Presidente cai, e milícias ocupam ruas da Ucrânia
O presidente da Ucrânia, Viktor Yanukovich, viu desmoronar ontem sua estrutura de poder ao ser deposto pelo Parlamento do país, um dia depois de ter firmado com a oposição um acordo para tentar solucionar a crise política iniciada em novembro.
Kiev havia amanhecido com baixas expectativas quanto a ver cumpridas as exigências das ruas, mas a noite encerrou-se com o retorno quase heróico da ex-premiê Yulia Timoshenko, libertada por voto parlamentar após 30 meses de uma detenção vista como revanche política de Yanukovich.
Na já icônica praça da Independência, palco de protestos e de conflitos letais, manifestantes mantinham um incomum silêncio enquanto assistiam aos discursos – e às missas fúnebres – no palco.
Francisco dá título de cardeal a d. Orani na presença de Bento 16
Sob a presença de dois papas, Francisco e o emérito Bento 16, o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, 63, recebeu ontem o título de cardeal, uma espécie de pelotão de elite da Igreja Católica. A cerimônia durou pouco mais de uma hora e foi surpreendida pela chegada de Bento 16, que há um ano renunciou ao pontificado.
Promotoria apura se Serra foi omisso em caso de cartel
O Ministério Público de São Paulo abriu um inquérito civil para apurar se o ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB) foi omisso em relação à atuação do cartel de empresas que fraudou licitações de trens no Estado.
A apuração foi iniciada em novembro pelo promotor Silvio Marques a pedido dos deputados estaduais do PT João Paulo Rillo, Adriano Diogo, Carlos Neder e Francisco Campos, como revelou ontem o jornal “O Estado de S. Paulo”.
‘F’ de Fernando
Patrícia Kundrát tentou, ao longo dos últimos três anos, resguardar do público e da imprensa a vida que leva ao lado do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Tanto que escolheu um lugar estratégico para gravar uma discreta homenagem ao homem que chama de “o grande amor” de sua vida. No pulso esquerdo, tatuou a letra “F” e um coração.
O gesto não teve retribuição. “Ele é tradicional, jamais faria uma tatuagem. Putz, não foi um big deal’ [grande coisa], saca?”, contou ela, na primeira entrevista que concede desde que oficializou sua relação com ele, no fim do mês passado.
Polícia mata nove suspeitos de roubo a banco
Nove suspeitos de integrar uma quadrilha de roubo a bancos foram mortos na madrugada de ontem em Itamonte, na divisa de Minas Gerais e São Paulo, após confronto com policiais civis dos dois Estados. Outros quatro suspeitos foram presos.
Segundo a polícia, o grupo chegou à cidade mineira por volta das 2h de ontem. Policiais dizem que os bandidos tinham pelo menos seis fuzis, dez pistolas e 15 bananas de dinamite, destinadas a explodir caixas eletrônicos de agências bancárias.
Possível pena de Azeredo pode estar prescrita
As acusações de peculato e lavagem de dinheiro contra Eduardo Azeredo já estão prescritas caso a Justiça decidir condenar o ex-deputado do PSDB às penas mínimas previstas na lei.
Principal réu no processo do mensalão tucano, Azeredo renunciou ao mandato na quarta-feira, em uma decisão vista pelo PT como uma manobra para adiar a definição do caso e evitar desgaste para o candidato à Presidência do PSDB, Aécio Neves (MG).
A renúncia abre a dúvida sobre se a ação continuará no Supremo Tribunal Federal, onde o caso está na reta final, ou se será enviada à primeira instância, em Minas, onde o processo ainda está na fase de coleta de depoimentos de testemunhas e réus.
Correio Braziliense
O incômodo da recessão
Os dedos estão cruzados no Palácio do Planalto. Assessores da presidente Dilma Rousseff, que tentará a reeleição em outubro, não escondem o temor de que, na próxima quinta-feira, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) dê uma sentença devastadora ao governo: a de que o país mergulhou em uma recessão técnica no fim de 2013, com queda do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre, depois de um encolhimento de 0,5% entre julho e setembro. Diante de tal ameaça, tanto Dilma quanto o ministro da Fazenda, Guido Mantega, estão se fiando na projeção de parte do mercado financeiro, de que o país escapou do pior ao avançar 0,2% de outubro a dezembro. Integrantes da equipe econômica não descartam, porém, um tombo de 0,1%.
Pensão de filhas de militares custa R$ 5 bi
Sob pressão do mercado para cortar gastos e evitar que o país seja rebaixado pelas agências de classificação de risco em pleno ano eleitoral, o governo enfrenta um grande dilema: arcar com pensões para mais de 103 mil filhas de militares. O pagamento desses benefícios pelo Tesouro Nacional consome quase R$ 5 bilhões por ano. A benevolência com as herdeiras de integrantes das Forças Armadas é tamanha que 17 são descendentes de ex-combatentes do Exército que lutaram na Guerra do Paraguai, entre 1864 e 1870. No total, pelas contas do Ministério da Defesa, as pensões a beneficiários de militares, incluindo as filhas, praticamente dobraram em uma década, passando de R$ 5,4 bilhões, em 2004, para R$ 10,3 bilhões em 2013.
As memórias de Rondon Pacheco
Um mistério intriga o ex-governador de Minas Gerais Rondon Pacheco, de 94 anos. Na sala do seu apartamento, no Centro da cidade, ele tenta descobrir, a todo custo, o nome do autor de um quadro em cores vibrantes, pendurado na parede, que retrata as montanhas e o Santuário do Caraça, um dos patrimônios culturais mais importantes do estado. Ele pede ajuda ao repórter para ver se decifra o enigma , mas nada de entender a assinatura do artista. “A tela é bonita. Foi um presente que minha mulher, Marina, ganhou e gostaria de saber quem é o pintor”, diz, ao exaltar o amor pelo Brasil: “Este país é um continente”. Há tempos avesso a entrevistas, Rondon comenta que está “velho demais” para falar à imprensa, mas sorri discretamente ao ser lembrado que, querendo ou não, a trajetória dele é parte da história nacional, ainda mais quando está em destaque o Golpe de 1964, que depôs o presidente João Goulart (1919-1976), levou os militares ao poder e completa 50 anos em 31 de março.
Os sem-pauta
A construção da imagem de uma presidente sensível aos movimentos sociais e aberta ao diálogo, iniciada após as manifestações de rua que sacudiram o país em junho do ano passado e puxaram para baixo a popularidade da chefe maior da nação, ainda está longe do resultado esperado. Na prática, o Palácio do Planalto continua com as portas fechadas. Integrantes do Movimento Passe Livre, Articulação dos Povos Indígenas do Brasil, grupos LGBT e sem-terra atestam que o esforço empreendido por Dilma Rousseff logo após os protestos, recebendo os principais líderes e, pela primeira vez na gestão, representantes dos povos indígenas, não passou de uma tentativa frustrada de estabelecer uma mesa permanente de negociação. Todos são unânimes em afirmar: “A pauta não anda”.
Confusão em São Paulo
Manifestantes voltaram a causar transtornos em São Paulo, na noite de ontem. Vestidos de preto e com os rostos cobertos, os jovens se concentraram na Praça da República, antes de seguirem pelas ruas do Centro da capital paulista. Mesmo com um efetivo policial de mil homens, a Polícia Militar não conseguiu conter alguns manifestantes, que quebraram portas de banco, picharam fachadas e depredaram orelhões.
Papa empossa novo cardeal brasileiro
Diante da presidente Dilma Rousseff, que esteve pela segunda vez em menos de um ano no Vaticano, o Papa Francisco realizou ontem o primeiro consistório do pontificado e nomeou o arcebispo do Rio de Janeiro, dom Orani Tempesta, como um dos 19 novos cardeais do Vaticano. A presença da presidente, além de prestigiar o novo cardeal brasileiro, que afirmou “estar se sentindo com mais responsabilidade”, é outro passo em direção ao distensionamento nas relações com a Igreja, algo bem diferente de 2010, quando Dilma disputou a primeira eleição ao Planalto.
Aécio diz que população cobra mudanças no país
O pré-candidato do PSDB à Presidência da República, senador Aécio Neves (MG), afirmou ontem que o sentimento majoritário da população no país é de necessidade de mudanças. Para ele, é isso que aponta a queda da aprovação do governo da presidente Dilma Rousseff (PT) nas pesquisas de opinião divulgadas recentemente. Continuando sua incursão pelo Nordeste, o tucano esteve ontem em Maceió, onde recebeu apoio do prefeito da cidade, Rui Palmeira, e do governador de Alagoas, Teotônio Vilela, ambos tucanos, e participou do desfile em comemoração aos 15 anos do bloco carnavalesco Pinto da Madrugada, que arrastou vários foliões pela orla da cidade.
Carnaval em clima de protesto
O sentimento de indignação que tomou conta do país em junho de 2013 parece ter impregnado os brasileiros. Mesmo o carnaval, festa que leva milhões às ruas, deve ter, neste ano, a presença de uma figura emblemática das manifestações. Diferentemente do ano passado, quando a máscara do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, foi a mais escolhida pelos foliões, neste ano, as figuras políticas foram postas de lado. Em várias lojas de fantasias e acessórios carnavalescos, a mais procurada é a máscara de Guy Fawkes no modelo apresentado no filme V de Vingança.
Odisséias de vida
No convívio com o câncer
A cura do mal é difícil. Mas a ciência já consegue controlá-lo. A astrônoma Maria Thomé teve vários tumores no abdômen e ainda domina alguns com remédios e, principalmente, espiritualidade: “A doença não é minha, é apenas uma hóspede no meu corpo”, conta.
Na luta contra as drogas
Neusa de Paula é um exemplo típico de quem lida com filhos dependentes químicos. No combate diário, ganha e perde: a filha, por exemplo, está presa na Colmeia. O martírio é tanto que outras mães fazem loucuras: uma já comprou drogas para não ver o filho “sofrer”.
Reviravolta surpreendente na Ucrânia
Oposição destitui Viktor Yanukovych por meio de impeachment, sob a alegação de abandono do cargo, liberta a líder Yulia Tymoshenko e marca novas eleições para 25 de maio.
O Estado de S. Paulo
Doação de empresas garante 2/3 das receitas dos maiores partidos do país
A eventual proibição do financiamento empresarial ao mundo político, cuja votação deve ser concluída ainda neste ano pelo Supremo Tribunal Federal, afetará não apenas as campanhas eleitorais, mas a própria manutenção das máquinas partidárias. PT, PMDB e PSDB, as três maiores legendas do País, receberam pelo menos R$ 1 bilhão de empresas entre os anos de 2009 e 2012, o que equivale a quase 2/3 de suas receitas, em média.
Quatro dos 11 ministros do STF já votaram pela proibição de doações de empresas a candidatos e partidos, no ano passado – o julgamento foi suspenso por um pedido de vista. Com mais dois votos na mesma linha, o Judiciário, na prática, forçará a realização de uma reforma política que provavelmente multiplicará a destinação de recursos públicos às legendas, para compensar a perda de seus principais financiadores.
Modelo permite ‘captura’ de político, diz ministro do STF
A ação direta de inconstitucionalidade que busca proibir as doações de empresas a candidatos e partidos foi proposta em 2011 pelo Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). A entidade argumentou que a influência de grandes grupos econômicos sobre as eleições e a política gera desequilíbrios e cria “uma mistura tóxica”.
No fim do ano passado, o relator do caso, ministro Luiz Fux, apresentou seu voto, favorável ao pedido da OAB. “É salutar, à luz dos princípios democrático e republicano, a manutenção de um modelo como esse, que permite a captura do político pelos titulares do poder econômico? Penso que não”, disse ao votar.
Kassab testa sua imagem como 4ª via no Estado
Pouco mais de um ano após sua despedida da Prefeitura de São Paulo, a qual deixou com o pior índice de aprovação popular desde Celso Pitta – 42% de ruim e péssimo no fim do mandato em 2012 -, Gilberto Kassab (PSD) começa a testar no interior do Estado a possibilidade de voltar ao jogo eleitoral.
Seus índices de intenção de voto estão longe do favorito Geraldo Alckmin (PSDB), governador que tentará a reeleição, e do segundo colocado nas pesquisas, o empresário Paulo Skaf (PMDB). Também não tem um padrinho político forte, como é o caso do ex-ministro Alexandre Padilha (PT), que contará com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no palanque. É, hoje, uma espécie de 4.ª via eleitoral.
Estratégia leva Dilma para mais perto da Igreja
Ao visitar o Vaticano para acompanhar a cerimônia de criação de cardeais, a presidente Dilma Rousseff buscou tanto prestigiar o arcebispo do Rio, dom Orani Tempesta, quanto aumentar a interlocução do Palácio do Planalto com a Igreja Católica em ano eleitoral.
Trata-se de um movimento estratégico para levar a um novo nível a relação entre Dilma e a Igreja, pontuada por turbulências desde a campanha eleitoral de 2010. É também oportunidade para surfar na popularidade do papa Francisco.
Dilma não é católica praticante, mas diz ter na Igreja Católica a “sua referência de fé”. Em seu gabinete, há três imagens de Nossa Senhora Aparecida.
‘Cumpri uma decisão do governo’, diz réu do mensalão mineiro
Acusado pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, dos crimes de peculato e lavagem de dinheiro por participar do mensalão mineiro, o jornalista Eduardo Guedes diz que apenas cumpriu ordens ao pedir que empresas do Estado patrocinassem eventos esportivos hoje suspeitos de serem a fonte do esquema de financiamento ilegal da campanha à reeleição do Eduardo Azeredo (PSDB) ao governo de Minas Gerais em 1998.
Responsável pela comunicação social do governo mineiro à época, ele assinou os repasses de dinheiro de estatais para patrocinar eventos esportivos. Os recursos, segundo o Ministério Público Federal, foram majoritariamente utilizados para outra finalidade: abastecer o cofre da campanha tucana, que acabou derrotada. Ele nega participação em ilegalidades.
Assentados vendem terra ao agronegócio
Após assentar 1,2 milhão de famílias em sucessivos programas de reforma agrária, o Brasil agora enfrenta o desafio cada vez maior de segurá-las na terra. A nova realidade agrária do País, com a crescente valorização do preço da terra, ao lado das persistentes dificuldades dos assentados para elevar o seu nível de renda, torna cada vez mais atraente a venda do lote obtido com a reforma.
A Fazenda Primavera, em Andradina, na região noroeste de São Paulo, a 630 quilômetros da capital, é um exemplo do que está ocorrendo. No início da década de 1980, aquela propriedade tornou-se um símbolo da luta pela reforma agrária, com intensa mobilização de famílias de trabalhadores rurais, sindicatos e setores da Igreja Católica.
Sítio de Valdeci é ‘ilha’ no meio do canavial
O assentado Valdeci Rodrigues Oliveira, de 67 anos, um dos pioneiros e líder da Fazenda Primavera, é um dos que resistem às propostas de compra das usinas de cana-de-açúcar. Para ele, dar o título de propriedade logo após a instalação no lote foi um erro. “A emancipação é praticamente o fim da reforma agrária”, diz o assentado, que recebeu a escritura da propriedade das mãos do ex-presidente João Figueiredo, em 1982, ainda na ditadura.
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