O Globo
Brasil chega a 5º lugar em ranking de investimento
Os fluxos globais de investimento estrangeiro direto (produtivo) voltaram a crescer no ano passado, pela primeira vez desde a crise financeira de 2008. De acordo com dados divulgados ontem pela Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento e Comércio (Unctad, na sigla em inglês), o volume foi de US$1,24 trilhão, alta de 5% em relação a 2009. Com a entrada recorde de US$48,4 bilhões, 86,7% a mais que em 2009, o Brasil registrou o maior crescimento entre as economias desenvolvidas e os Bric (grupo de emergentes que inclui ainda Rússia, Índia e China). O país passou da 15ª para a quinta posição entre os maiores destinos de investimento direto no mundo, atrás de Estados Unidos, China, Hong Kong e Bélgica.
A entidade ressaltou que a retomada dos investimentos, no entanto, ainda é tímida e que o agravamento da crise fiscal nos países ricos e o risco de superaquecimento nos emergentes podem retardar uma recuperação mais efetiva. Para este ano, a previsão inicial da Unctad é de que o fluxo de investimentos produtivos fique entre US$1,4 bilhão e US$1,6 bilhão, perto do US$1,7 trilhão de 2008.
Um dia depois, Pagot já faz consultoria
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BRASÍLIA. Um dia depois de apresentar seu pedido de demissão do cargo de diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit), Luiz Antônio Pagot afirmou ontem ao GLOBO que não pretende mais perder tempo falando do passado. Por isso, não quis revelar detalhes da carta que encaminhou à presidente Dilma Rousseff na sua saída e preferiu não comentar diretamente o fato de o atual ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, ter escapado ileso da faxina promovida pelo governo na pasta. E já começou a preparar consultorias no setor para a iniciativa privada.
PublicidadeAcusado de mortes na ditadura pode enfrentar família de vítima hoje
SÃO PAULO. O coronel reformado Carlos Alberto Brilhante Ustra – acusado de torturar e matar, em julho de 1971, o jornalista Luiz Eduardo Merlino – ficará frente a frente com pessoas que dizem ter assistido a sessões de tortura comandadas por ele na época do regime militar nos anos 70. A primeira audiência da ação movida pela família de Merlino acontece hoje, em São Paulo.
Embora arrolado no processo como testemunha de defesa de Ustra, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), informou, por sua assessoria, que nunca teve qualquer relação com o acusado e que se recusará a testemunhar a seu favor, embora não tenha sido citado ainda pela Justiça. A tentativa de incluir o nome do senador no processo é vista como uma ação protelatória dos advogados.
Crime no Pará: juiz retira segredo de justiça
BRASÍLIA. O juiz Murilo Lemos Simão, da 4ª Vara Criminal de Marabá (PA), retirou ontem o segredo de justiça do processo sobre o assassinato do casal de ambientalistas José Cláudio Ribeiro e Maria do Espírito Santo. A decisão foi anunciada um dia depois de 12 entidades, entre elas a Comissão Pastoral da Terra (CPT), divulgarem comunicado protestando contra a “falta de transparência” na condução do caso. Elas também se queixaram que o magistrado, ao negar sucessivos pedidos de prisão para os acusados do crime, contribuiu para que eles fugissem.
Em nota, o juiz Murilo Lemos Simão justificou que, como a Polícia Civil concluiu o inquérito e, antes mesmo da decisão sobre seu último pedido de prisão preventiva, divulgou os nomes e as fotos dos suspeitos, não há mais como se falar em segredo judicial.
Dnit foi todo loteado por partidos nos estados
BRASÍLIA. Depois de comprar briga com o comando do PR ao fazer degolas no Dnit e no Ministério dos Transportes, a presidente Dilma Rousseff deve azedar a relação também com parlamentares que apadrinharam os dirigentes do órgão nos estados. Na próxima semana devem começar exonerações de superintendentes do Dnit que estão sob investigação e com problemas de gestão, e os padrinhos políticos desses gestores já manifestam insatisfação.
O Planalto já identificou que todas as 23 superintendências têm afilhados políticos em seus comandos, mesmo quando os dirigentes são técnicos, sendo que 12 são apadrinhados do PR. Mas as intervenções poderão ter como seus primeiros alvos indicados pelo PT, para não parecer perseguição ao PR.
Desviou cimento e foi dirigir o Dnit
Filiado ao PR, o chefe da Superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte (Dnit) em São Paulo, Ricardo Rossi Madalena, poderá engrossar o grupo de demissões do órgão se o Ministério dos Transportes cumprir a determinação da presidente Dilma Rousseff de que os cargos de segundo e terceiro escalões sejam ocupados por quem não tenha condenações na Justiça. Madalena, que comanda a regional do Dnit há cerca de três anos e meio, por indicação do deputado federal Milton Monti (PR-SP), foi condenado por peculato a dois anos e quatro meses de prisão por desviar sacos de cimento da Prefeitura de Ipauçu, no interior paulista, quando seu pai era prefeito (1989 a 1992). Ele recorreu e conseguiu cumprir a pena, reduzida a um ano e dois meses, em regime aberto.
Governo vai conceder bolsa de estudo por mérito
BRASÍLIA. O governo lançou ontem, oficialmente, o programa Ciência sem Fronteira, que pretende garantir bolsa de estudo no exterior para 75 mil estudantes. Além disso, a presidente Dilma Rousseff espera que a iniciativa privada se engaje na ação e forneça mais 25 mil, totalizando cem mil bolsas. No total, o governo planeja investir R$3,1 bilhões no projeto – 35 mil benefícios sairão pelo CNPq, que aplicará R$1,4 bilhão, e outros 40 mil pela Capes, que disponibilizará R$1,7 bilhão.
A apresentação do Ciência sem Fronteira ocorreu durante reunião do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), no Palácio do Planalto. Há dois meses, a própria Dilma já havia anunciado sua intenção de fomentar a concessão de mais bolsas de estudo.
Ida de Passos ao Congresso ganha força
BRASÍLIA. Sem convencer o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a convocar o Congresso no recesso parlamentar, o PSDB reapresentará o requerimento de convocação do ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, no próximo dia 2, para que ele explique as mudanças e as denúncias de desvios de recursos no setor. E, numa tentativa de neutralizar a ação oposicionista, o Palácio do Planalto admite a possibilidade de Passos ir ao Congresso.
Kassab cai na rede da polêmica
SÃO PAULO. Um post no Twitter do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (PSD), causou polêmica na rede social. Após visitar anteontem um albergue para moradores de rua no bairro do Brás, Kassab twittou que “o astral dos moradores de rua está muito bom, acho que é porque o frio deu uma trégua hoje”. Diversos internautas criticaram a declaração do prefeito, considerando-a politicamente incorreta.
“Kassab não tem “falta de sensibilidade social” não, ele é apenas um higienista se assumindo”, postou @Tsavkko. A internauta @adri_t afirmou que Kassab abria concorrência com Marta Suplicy em “relaxa e goza e Paulo Maluf: estupra mas não mata”. Para @AdriValadares, o post do prefeito é “inacreditável”.
Peluso defende reajuste dos magistrados
BRASÍLIA. O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Cezar Peluso, voltou a defender reajuste dos magistrados, mas disse que não é papel do Judiciário pressionar outro poder para aprovar uma proposta de seu interesse. Ao falar sobre o reajuste salarial de 14,7% dos ministros do Supremo, Peluso disse que o Judiciário não deve se meter no Legislativo, e vice-versa. O aumento depende de aprovação dos parlamentares.
– A proposta é de resíduos inflacionários. Nós não insistimos nada, nós não vamos ficar lá no Congresso insistindo: “faça isso ou faça aquilo”, assim como a gente também não quer que ninguém, nem o Congresso nem ninguém, fique dizendo para nós: “faça isso, faça assado”. Cada um cumpre sua função. O que o Supremo vai fazer é aguardar a decisão do Congresso Nacional – disse.
PMDB diz que não teme faxina em suas áreas
BRASÍLIA. Desconfortável com as insinuações de que seus representantes no governo seriam os próximos alvos da faxina posta em prática pela presidente Dilma Rousseff no Ministério dos Transportes, mas que foram poupados por causa da governabilidade, a cúpula do PMDB decidiu reagir. O vice-presidente Michel Temer chegou a redigir uma nota solicitando que os órgãos de controle do Executivo cumprissem seu dever e fiscalizassem todos os peemedebistas com cargos no governo. Seria uma ação preventiva, mas, ao mesmo tempo, poderia soar como uma confrontação.
Por isso, antes de divulgar a nota, Temer recuou da ideia. Mas as conversas entre os peemedebistas prosseguiram ao longo do dia, assim como o clima de insatisfação.
Área de exatas é prioridade, diz Mercadante
De acordo com o ministro Aloizio Mercadante, o objetivo do programa será investir em profissionais da área de exatas, sobretudo em engenheiros. Ele declarou que, no Brasil, de cada 50 formandos, apenas um é engenheiro. Na Coreia do Sul, essa relação é de quatro para um.
A intenção do governo, com o Ciência sem Fronteira, é enviar estudantes para as 50 melhores universidades do mundo no exterior e também atrair talentos para trabalhar aqui. Terão prioridade, por exemplo, estudantes e pesquisadores nas áreas de computação e tecnologia da informação, fármacos, petróleo, gás, tecnologia nuclear, biotecnologia, tecnologia aeroespacial entre outras.
Correio Braziliense
O dólar furado
O mercado financeiro de todo o mundo operou, ontem, de olhos colados nos Estados Unidos. Numa contagem regressiva sem precedentes para que o Congresso norte-americano aprove o pedido do governo de Barack Obama de aumento do teto da dívida do país, de US$ 14,3 trilhões, investidores não esconderam o temor de um calote a partir de 2 de agosto. O resultado do nervosismo foi uma onda de prejuízos nas bolsas de valores e o derretimento do dólar. A moeda norte-americana encerrou o dia com baixa de 0,45%, cotada a R$ 1,536 para venda, o menor nível desde 18 de janeiro de 1999. Segundo o economista-chefe do Banco
WestLB, Roberto Padovani, descontada a inflação, a moeda norte-americana está valendo o mesmo que em 1998, antes de o Brasil desvalorizar o real e adotar o regime de câmbio flutuante.
Os fantasmas do Trabalho
A Polícia Federal (PF) pediu e a Justiça Federal determinou a quebra do sigilo bancário de três das quatro entidades financiadas pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) e investigadas pela PF — num inquérito que corre sob segredo de Justiça — por suposto desvio do dinheiro repassado. Os contratos são milionários: as quatro organizações de Sergipe, supostamente de fachada, já receberam R$ 11,5 milhões desde o início de 2009 para capacitar trabalhadores de Aracaju, Belém, Belo Horizonte e São Luís. O sigilo bancário das contas de três organizações foi quebrado para a PF mapear a movimentação do dinheiro repassado pelo MTE. Os repasses não teriam sido aplicados na capacitação profissional. Constatados os desfalques, a PF de Sergipe abriu inquérito sigiloso para investigar a responsabilidade do ministério, dos diretores das entidades e o destino do dinheiro.
STJ manda concursada substituir terceirizado
O Superior Tribunal de Justiça (STJ) abriu uma guerra entre aprovados em concursos públicos e terceirizados. Ao dar sentença favorável a uma concorrente ao posto de médica oftalmologista da Universidade Federal Fluminense (UFF), cuja vaga havia sido ocupada por um trabalhador temporário, a corte abriu precedente para uma corrida aos tribunais. No entendimento do ministro Napoleão Nunes Maia Filho, o fato de o órgão contratar um não concursado deixa clara a necessidade da administração pública de preencher cargos. Com isso, mesmo que não tenha passado nas provas dentro do número de oportunidades definidas em edital, o concorrente tem o direito de ser nomeado enquanto o processo seletivo estiver dentro do prazo de validade.
Para Sérgio Camargo, advogado especializado em concursos públicos, embora não obrigue as instâncias inferiores a dar o direito de posse aos aprovados, a visão do STJ orienta juízes de todo o Brasil. “Ele está alertando, claramente, que, quando chegar lá, a decisão será alterada. Agora, o aprovado em concurso tem direito não apenas à vaga definida em edital, mas aos cargos abertos no órgão ao longo da validade do certame”, avaliou. “É uma decisão nova e isolada. Mas, na prática, os outros tribunais tendem a seguir”, acrescentou Bruno Paiva Gouveia, advogado do Sindicato dos Servidores Públicos Federais no Distrito Federal (Sindsep-DF).
A UNE no seu lugar
Ter sido presidente da União Nacional dos Estudantes era galardão que representava a posição do cargo. Dá aparência de ilusório o que acontecia. A UNE protestava, parava ruas, quando a capital era o Rio de Janeiro. O tempo é senhor do espaço. Aquilo era protesto. Não representava pensamento da maioria. Era assim, ou de momento para outro ficou chapa-branca. O ministro Orlando Silva foi o precursor. A UNE nos dias atuais não é mais comunista nem toca fogo no mundo. Juscelino Kubitschek transferiu a capital para Brasília e alegava que o presidente da República era uma espécie de prefeito do Rio. O que se nota hoje é que a UNE não é mais a mesma e habita o Palácio do Planalto com tudo que deseja. Mudar de um polo a outro, os políticos fazem isso permanentemente. Há novo chefe dos estudantes. É comunismo à moda nova.
Concorrência sob suspeita
A empresa que venceu o pregão para alugar carros para o Senado, com contrato de R$ 1,72 milhão por ano, pertence a um funcionário da Casa, filho de um ex-senador. Inscrição da Rosário Locadora de Veículos, de nome fantasia Connecta, registra que o capital da empresa é dividido entre Ricardo Luiz Santos Porto e Luciana de Goes Porto. Ricardo, que é servidor nomeado desde 1984, tem 49% do capital de R$ 1 milhão; e Luciana, os outros 51%.
Apesar de ainda receber como analista legislativo pelo Senado, o dono da Connecta está lotado no gabinete do deputado Valadares Filho (PSB-SE). O parlamentar é filho do senador Antônio Carlos Valadares Filho (PSB-SE), que já usou a tribuna da Casa para homenagear o pai de Ricardo Luiz, o ex-senador sergipano Passos Porto, que faleceu em outubro do ano passado.
Dnit paulista tem versão do “Dr. Fred”
Desde que uma avalanche de denúncias afetou o Ministério dos Transportes, a presidente Dilma Rousseff promoveu uma série de exonerações, atingindo cadeiras de diretores e de terceirizados apontados como integrantes de um grande esquema de corrupção. Mas o caminho para a despartidarização da pasta ainda é longo. A exemplo do ex-funcionário Frederico Augusto de Oliveira Dias — amigo do deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP) descoberto pelo Correio despachando com prefeitos em Brasília —, a Superintendência do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em São Paulo também tem uma versão própria do “doutor Fred”, como é conhecido.
Condiberto Queiroz Neto, apelidado de Conde, também foi indicado por Valdemar, não tem vínculos formais com o Dnit, mas despacha na sede da superintendência paulista, usa a estrutura do órgão e dá ordem aos servidores, que são chamados para “despachar” com ele. Condiberto também é apontado como interlocutor das empreiteiras com o Dnit.
Incentivo às reservas
Três senadores — dois de oposição e um da base — têm projetos prevendo incentivos para que as pequenas propriedades familiares mantenham áreas de reserva legal, um dos assuntos mais polêmicos no debate do Código Florestal que serão analisados pelo Senado Federal nesse segundo semestre.
A principal proposta foi apresentada pelo senador Luiz Henrique (PMDB-SC), relator do projeto do novo Código Florestal nas comissões de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) e de Agricultura e Reforma Agrária (CRA). Ele propõe a redução de Imposto de Renda para pessoas físicas e jurídicas que aplicarem recursos em projetos de reflorestamento em propriedade rural familiar. A pessoa física pode aplicar até 6% do imposto de renda devido; a pessoa jurídica, até 4%.
Mistério quanto aos substitutos
A presidente Dilma Rousseff e o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, mantêm o sigilo quanto aos nomes que vão compor as vagas abertas na pasta, na Valec, no Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e nas autarquias ligadas ao setor. A presidente avisou que o próximo passo das trocas será nas superintendências estaduais, o que abre espaço para uma nova leva de exonerações, a maioria de apadrinhados políticos e de filiados ao PR.
Dilma reservou esse período de julho — recesso dos trabalhos parlamentares — para promover a “renovação” do setor de transportes. Ela própria, durante entrevista dada a diversos veículos de comunicação na última sexta-feira, incluindo o Correio, considerou “a palavra faxina inadequada”. Mas destacou que vai “trocar todo mundo”, ressaltando que nem todas as alterações feitas significam envolvimentos de servidores exonerados com irregularidades cometidas ao longo dos últimos anos no ministério, no Dnit ou na Valec.
PSDB insiste em convocação
O s tucanos vão persistir na tentativa de convocar o ministro dos Transportes, Paulo Sérgio Passos, na volta dos trabalhos do Congresso, na próxima semana. Depois de o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), descartar a análise do pedido da oposição durante o recesso parlamentar, os tucanos vão tentar votar o requerimento, inicialmente, na Comissão de Viação e Transportes da Câmara.
Em pleno recesso, o PSDB queria ouvir Passos sobre as irregularidades que motivaram a demissão de 17 pessoas, incluindo o então ministro Alfredo Nascimento e os agora ex-chefes do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) Luiz Antonio Pagot e José Francisco das Neves, da Valec. O líder tucano na Câmara, deputado Duarte Nogueira (SP), recebeu ontem a informação de que Sarney só estará em Brasília a partir da semana que vem. Portanto, não haveria tempo hábil para convocar a comissão representativa do Congresso a fim de analisar a convocação de Passos.
Sem chance de saques
O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) pediu o bloqueio das contas bancárias dos convênios firmados com as quatro entidades sediadas em Aracaju e suspeitas de irregularidades. As contas já foram bloqueadas, segundo o MTE, o que impede novos saques. As organizações, porém, já receberam R$ 11,5 milhões do ministério. Por meio da assessoria de imprensa, a pasta informa que os repasses restantes foram suspensos e que as entidades deverão fazer o “devido ressarcimento” do dinheiro depositado e usado de forma irregular.
“Nos casos de irregularidade, se não houver o devido ressarcimento ao ministério, haverá inscrição da inadimplência nos sistemas e cadastros pertinentes ao governo federal e instauração da devida tomada de contas especial em cada convênio”, informa o MTE. Segundo o ministério, as quatro entidades “estavam existentes” para apresentação de propostas no Sistema de Gestão de Convênios (Siconv) do governo federal. O cadastramento foi feito por meio de uma unidade em Sergipe, o Centro Federal de Educação Tecnológico. “É de responsabilidade da unidade cadastradora a verificação da documentação apresentada.”
Sem medo da planície
É possível ignorar a força do PR no Congresso? Não. São reais as chances de o partido do deputado Valdemar da Costa Neto desestabilizar a governabilidade da presidente Dilma? Também não. Então, não se pode realizar as mudanças nos Transportes preocupado com o que o PR vai fazer. Está acima de críticas a decisão de realizar uma faxina em um ministério com esquemas de corrupção operando desde os anos 1990. Na ofensiva montada pelo Planalto, a presidente está preocupada, sim, com a opinião pública. E não se intimida com olhares feios vindos da planície. Ela só está realizando uma limpeza que deveria ter sido feita há muito tempo. Só não pode ser uma mera “arrumação” para maquiar os problemas e adiar o estouro de um novo escândalo. A indicação dos novos chefes do Dnit e da Valec deve ser cautelosa para escolher substitutos imunes aos “jeitinhos” para acelerar obras a qualquer custo.
US$ 60 bi para paraísos fiscais
Cerca de US$ 60 bilhões saíram do Brasil diretamente para paraísos fiscais em 2009. O valor representa nada menos que 28% de todos os investimentos diretos feitos pelo país no exterior, que somaram, no mesmo período, US$ 214 bilhões. Todo esse dinheiro — que supera os valores do corte do orçamento de 2011, uma das medidas de ajuste fiscal do governo Dilma Rousseff — foi parar em alguns dos 66 paraísos fiscais relacionados pela Receita Federal, muitos deles incluídos na lista negra divulgada pela Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) por não cooperarem com outros governos no combate à evasão de divisas.
Esses dados fazem parte de um levantamento do Instituto Nacional de Estudos Socioeconômicos (Inesc), única entidade que representa o Brasil em uma rede de 50 organizações não governamentais integrantes de uma campanha mundial pelo fim dos paraísos fiscais, lançada ontem no país. O estudo do Inesc foi feito com base no último balanço do Banco Central sobre remessas de divisas para o exterior.
Estado de S. Paulo
Investimento estrangeiro direto atinge US$ 32,5 bilhões
A entrada de investimentos estrangeiros diretos – voltados para o setor produtivo – atingiu no primeiro semestre a marca recorde de US$ 32,5 bilhões, a mais alta desde o início da série histórica do Banco Central (BC), em 1947. Em seis meses, a entrada de recursos superou o volume de ingressos anuais de toda a série, com exceção de quatro anos, e cobriu, com folga, o déficit das contas externas brasileiras.
O saldo negativo de US$ 25,5 bilhões nas contas externas, impulsionado por gastos sem precedentes com viagens internacionais e aluguel de equipamentos, também foi recorde na primeira metade do ano.
No período acumulado em 12 meses, os investimentos diretos também superaram, com larga vantagem, o saldo negativo da chamada conta corrente, que registra as transações comerciais, de serviços e transferências de renda do País com o exterior. Para o BC, isso indica a boa saúde das contas externas.
Novas regras para plano de saúde entram em vigor
Termina hoje o prazo que a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) deu para as operadoras de saúde se adaptarem às novas regras de portabilidade de carência. A partir de amanhã, beneficiários de planos coletivos por adesão poderão mudar de operadora de saúde sem precisar cumprir novas carências.
Pelas novas regras, cerca de 5,14 milhões de beneficiários de planos por adesão se tornam aptos a mudar de operadora, segundo dados da ANS. Só do Estado de São Paulo, por exemplo, são 2,38 milhões de pessoas.
Com essa resolução, a ideia da ANS é permitir que ocorra um fluxo maior de clientes entre as operadoras, aumentando a competitividade entre elas.
Transportes é ministério que mais gasta no PAC
BRASÍLIA – Alvo de denúncias de irregularidades desde o início do mês, o Ministério dos Transportes é também o recordista de gastos no balanço de seis meses do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), que reúne as prioridades do governo. Entre as obras que receberam recursos públicos, estão algumas com indícios de irregularidades apontados pelo TCU (Tribunal de Contas da União), segundo levantamento feito pelo Estado.
O balanço oficial de seis meses do PAC está previsto para ser anunciado na sexta-feira, 29, pela ministra do Planejamento, Miriam Belchior.
Contas externas estão bem, mas muito dependentes
Se no início do ano havia muitas preocupações com relação aos rumos das contas externas, os dados do primeiro semestre as afastaram, embora eles revelem que essas contas estão dependendo muito do preço das commodities, no que se refere ao resultado da balança comercial, e da continuidade dos investimentos estrangeiros diretos (IEDs) para a cobertura do déficit em transações correntes.
A balança comercial apresentou, no primeiro semestre, superávit de US$ 12,9 bilhões e de US$ 7,8 bilhões no mês. O que levou a esse resultado favorável foi basicamente o aumento do preço das commodities, enquanto os preços de outros itens de exportação estão recuando e as importações estão crescendo. Em compensação, despesas com serviços e renda também estão crescendo: de US$ 32,8 bilhões, no primeiro semestre do ano passado, elas passaram para US$ 39,8 bilhões neste ano – consequência do déficit das viagens internacionais (+65,5%) e da remessa de lucros e dividendos (+25,2%).
Mantega analisa o risco externo
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, confessou-se apreensivo diante do risco de um calote americano, mas nem por isso abandonou a costumeira exibição de otimismo. O Brasil, segundo ele, é um dos países mais bem preparados para enfrentar um quadro internacional difícil, porque dispõe de mercado interno, sua economia é sólida e a inflação está controlada. Mesmo sem um desastre nos Estados Unidos, as condições do mercado externo continuarão desfavoráveis por vários anos, com baixo crescimento nas economias avançadas por causa de suas precárias condições fiscais. Quanto a isso a avaliação do ministro é realista. As contas públicas vão mal na maior parte do mundo rico e a dívida soberana é um entrave à expansão de muitos países – mesmo daqueles com baixo risco de insolvência.
Mas o otimismo demonstrado pelo ministro em relação às possibilidades do Brasil é só em parte justificável. As condições fiscais do País são de fato melhores que as de muitos países desenvolvidos, mas estão longe de ser satisfatórias e poderão deteriorar-se, em pouco tempo, se o governo não moderar suas despesas e elevar seus padrões de gestão.
Da crise financeira à fiscal e política
Tudo começou com a crise dos “subprimes”, os empréstimos de qualidade duvidosa que recheavam os balanços dos bancos norte-americanos. Com a quebra do Lehman Brothers, em 2008, a crise propagou-se rapidamente para a Europa. Os bancos europeus também não haviam resistido à tentação dos negócios com o subprime.
A cooperação orquestrada pelo G-20, que então estreava como palco de decisões econômicas globais, e a injeção de recursos pelos governos, para sanear os bancos e conter a recessão, evitaram a crise sistêmica. Ao início de 2011, os países industrializados já emitiam os primeiros sinais de recuperação.
Mas o que era a crise de liquidez dos bancos, com o seu epicentro nos EUA, transformou-se na crise fiscal dos governos, agora com foco na Europa.
Afilhado de Pagot, superintendente deixa o Dnit em MT
O superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes em Mato Grosso, Nilton Britto, afilhado de Luiz Antônio Pagot, pediu exoneração do cargo. Apesar de ter o nome citado na crise no Ministério dos Transportes por suposto favorecimento a seu irmão – o empresário Milton Brito, dono da Engenorte Construções, que há cerca de dois anos mantém contratos milionários com o Dnit -, ele enfatizou que o pedido foi em solidariedade à saída do ex-diretor: “Sou leal a Pagot. Ele sai, eu saio”.
Aécio tenta atrair Marina para projeto de 2014
BELO HORIZONTE – Sem partido e com um poderoso cacife eleitoral que rendeu quase 20 milhões de votos nas eleições presidenciais de 2010, a ex-senadora Marina Silva (AC) está na mira do tucanato mineiro. Na avaliação de integrantes do PSDB, uma aproximação com a ex-verde poderia impulsionar uma possível candidatura do senador tucano Aécio Neves à Presidência em 2014, além de uma virtual empreitada para a disputa pela Prefeitura de Belo Horizonte no ano que vem.
O primeiro passo dessa tentativa de aproximação foi dado pelo governador Antonio Anastasia (PSDB). Antes de embarcar no fim de semana para uma viagem oficial ao Japão, ele assinou decreto concedendo a Marina o título de cidadã honorária de Minas Gerais. O governo e a Assembleia Legislativa já planejam uma cerimônia para entrega do título à ex-senadora.
Boeing reativa lobby para venda de caças
BRASÍLIA – O presidente da Boeing internacional, James McNerney Jr., vem ao Brasil na próxima semana em mais uma visita para tentar avançar nas negociações para a venda dos caças F-18 Super Hornet. Apesar de o governo brasileiro ter suspendido qualquer decisão sobre a compra dos caças até o início de 2012, a avaliação dos americanos é que este segundo semestre é o momento de convencimento.
A compra dos caças foi suspensa pela presidente Dilma Rousseff logo ao assumir o governo, em janeiro deste ano, por conta do ajuste fiscal. No mesmo momento, a presidente deixou claro que nenhuma das ofertas está fora do páreo e os equipamentos americanos e os suecos Saab Gripen seriam considerados – apesar da preferência pelos caças franceses Rafale demonstrada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo ministro da Defesa, Nelson Jobim.
Diretor financeiro do Dnit é réu por corrupção
O diretor de Infraestrutura Ferroviária e diretor interino de Administração e Finanças do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Geraldo Lourenço de Souza Neto, é réu em uma ação penal no Tocantins, na qual é acusado pelo Ministério Público de corrupção passiva e falsidade ideológica.
Segundo a promotoria, Lourenço integrava, em 2003, uma quadrilha que explorava jogos de azar. À época, ele era o delegado titular da Delegacia Estadual de Crimes Contra os Costumes, Jogos e Diversões. De acordo com os promotores, o diretor do Dnit recebia semanalmente R$ 1.500 de um contraventor para se abster de combater a exploração de máquinas caça-níqueis e também trabalhava para a “aniquilar” a concorrência do homem que lhe pagava a propina.
Projetos de campanha continuam só no papel
BRASÍLIA – O primeiro ano de mandato da presidente Dilma chegou à metade sem que projetos destacados durante a campanha eleitoral tivessem saído do papel nesse período. As 500 novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), por exemplo, que deveriam garantir atendimento médico 24 horas por dia à população, não registraram nem compromisso de gasto, o chamado “empenho” de verbas, de acordo com documentos do Tesouro Nacional.
O Orçamento da União de 2011 autoriza gastos de R$ 212,5 milhões nas UPAs. Na mesma situação estão outros projetos destacados na campanha, como a implantação de postos de polícia comunitária. Seriam criados 2,8 mil postos desse tipo durante o mandato, segundo a promessa eleitoral.
Ustra usa anistia para ancorar julgamento
A defesa do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra no processo em que ele é responsabilizado pela morte do jornalista Luiz Carlos Merlino, ocorrida em 1971, pretende transformar o caso em mais um debate sobre o alcance da Lei da Anistia. Foi esse o motivo da citação do ex-presidente José Sarney na lista das testemunhas de defesa do coronel, que comandou a sede paulista do DOI-Codi entre 1969 e 1973.
De acordo com as acusações feitas pela família Merlino, o jornalista morreu naquela dependência do Exército após ter sido torturado. A primeira audiência para ouvir as testemunhas de acusação está marcada para esta quarta-feira, 20, à tarde, na 20.ª Vara Cível da Justiça de São Paulo. A data para ouvir os nomes arrolados pela defesa ainda não foi marcada.
Folha de S. Paulo
Entrada recorde de dólares anula efeito de medidas do BC
O investimento estrangeiro no setor produtivo da economia atingiu volume recorde no primeiro semestre deste ano, anulando os efeitos das medidas adotadas pelo governo para conter a entrada de dólares no país.
Estatísticas divulgadas ontem pelo Banco Central mostram que o volume de recursos externos com vistas à produção no Brasil somou US$ 32,5 bilhões nos primeiros seis meses do ano, 170% a mais que no primeiro semestre do ano passado. É o maior valor desde que o BC começou a série histórica, em 1947.
Juro é o dilema do BC diante da crise externa
A economia mundial pode voltar a enfrentar uma crise severa, talvez até pior do que a de 2008. A maior parte das análises ainda mantém uma dose de incerteza. Mas ninguém parece duvidar que os riscos têm aumentado.
O governo brasileiro assiste aos desenvolvimentos lá de fora como um espectador tenso. A crise de 2008 não representou catástrofe para o país, mas tampouco ficou só na marola.
Impasse na negociação da dívida americana preocupa presidente
O impasse em torno da negociação para elevar o teto da dívida dos EUA fez a tensão no governo brasileiro subir.
Nas últimas reuniões, a presidente Dilma Rousseff tem deixado clara sua preocupação a auxiliares próximos. Chegou a dizer que, com essa crise e diante da possibilidade de rebaixamento da classificação de risco dos EUA, “o mundo está de pernas para o ar”.
Gerdau critica câmbio e diz que indústria sofre retração
O empresário Jorge Gerdau Johannpeter, convidado pela presidente Dilma Rousseff para ajudar a melhorar a gestão do Executivo, mostrou ontem preocupação com os rumos da política econômica do governo.
Em uma crítica à política cambial, ele afirmou que a desindustrialização “já está acontecendo” no Brasil.
Além disso, defendeu o fim dos impostos cumulativos e disse que a busca de capital estrangeiro -com juros altos- “precisa ter limites”.
Base eleitoral de ministros lidera convênios com Dnit
A Prefeitura de Maringá (PR) é a mais beneficiada por convênios municipais com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) desde 2003.
Foram R$ 148,6 milhões em convênios no período, segundo levantamento feito pela Folha. Porto Velho (RO) está em segundo lugar, com R$ 111,3 milhões.
Prefeitura nega lobby para obter verbas da União
A Prefeitura de Maringá (PR) afirma que os serviços prestados por Teresinha Nerone não incluem a atuação para liberação de recursos ou assinatura de convênios.
A prefeitura argumenta também que o fato de o município ser o líder em convênios assinados com o Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) decorre da apresentação de “excelentes projetos”.
“Provavelmente os projetos de Maringá teriam melhores resultados do que outros”, afirma a prefeitura, em nota enviada à Folha.
Pagot afirma que precisa “pagar contas” e vai ignorar “quarentena”
O ex-diretor-geral do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes), Luiz Antonio Pagot, afirmou ontem que recebeu propostas de trabalho de empresas privadas, principalmente no setor de hidrovias.
Pagot afirmou, ainda, que não irá cumprir a “quarentena” imposta a servidores públicos porque tem que pagar suas contas.
Ele foi exonerado na última segunda-feira após acusações de que recebia propina de empreiteiros.
Jobim diz que votou em Serra em 2010
O ministro da Defesa, Nelson Jobim, fez uma revelação sobre sua preferência na disputa presidencial do ano passado: “Eu votei no Serra”.
Na avaliação dele, se o tucano José Serra tivesse derrotado a petista Dilma Rousseff, o governo “seria a mesma coisa” no manejo das recentes crises políticas, como a do combate à corrupção no Ministério dos Transportes.
Por determinação de Dilma, vários servidores foram afastados, inclusive o ex-ministro Alfredo Nascimento.
Advogado pagou estadia de ministro do STF
O advogado criminalista Roberto Podval confirmou que pagou ao ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) José Antonio Dias Toffoli duas diárias em um hotel de cinco estrelas na ilha de Capri, no sul da Itália.
A Folha revelou na semana passada que Toffoli faltou a um julgamento no STF para participar do casamento do advogado no Capri Palace Hotel, cujas diárias variam de R$ 1.400 a R$ 13,3 mil. Na ocasião, o ministro e Podval não quiseram revelar quem havia pago a hospedagem.
Acusado de matar sem-terra no PR vai a júri após 12 anos
DE CURITIBA – Doze anos após o crime, começa hoje o julgamento de Jair Fermino Borracha, acusado de matar o sem-terra Eduardo Anghinoni em um assentamento no noroeste do Paraná, em 1999.
Segundo os sem-terra, ele foi morto no lugar do irmão Celso Anghinoni, um dos líderes do MST no Estado.
Bancária que dava assessoria a Pitta é condenada em SP
DE SÃO PAULO – O juiz substituto Marcio Ferro Catapani, da 2ª Vara Federal Criminal em São Paulo, condenou a bancária Rachelle Abadi a seis anos de prisão por lavar dinheiro durante a gestão de Celso Pitta na Prefeitura de São Paulo (1997-2000). Pitta morreu em 2009.
Segundo o Ministério Público, Abadi prestou assessoria financeira a Pitta na abertura e movimentação de contas no exterior e sabia dos atos ilícitos praticados por ele.
O combustível de Dilma
BRASÍLIA – Há uma equação a ser resolvida no mundinho da política em Brasília: quanto será a disposição e quanta energia terá a presidente Dilma Rousseff para continuar sua limpeza “sem limites” na Esplanada dos Ministérios?
Sobre a disposição para ampliar a faxina, o governo atuará mais por reação do que por iniciativa própria. Como sempre. Ainda assim, o estrago causado no esquema instalado no setor de transportes já provocou interesses contrariados em profusão. E aí cabe a pergunta: até quando Dilma surfará na imagem de ética na política sem levar um troco do Congresso?
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