Segundo Gilson, o que é conhecido como pedaladas ficais, no caso de Dilma, “não é uma operação de crédito e, sim, uma prestação de serviço” do governo afastado junto ao Banco do Brasil, para execução de compromissos do Plano Safra, projeto de atendimento a pequenos e médios agricultores. A testemunha afirmou, ainda, que as subvenções a agricultores seguiram a legislação federal e resoluções do Banco Central, sem ato da presidente no processo. Ressaltou também que os atrasos nos pagamentos são recorrentes ao longo dos anos.
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“Operação de crédito é de R$ 1,00 ou R$ 1 milhão. Ou é ou não é. Não é o valor que define. Isso sempre existiu”, disse.
O ex-secretário afirmou que o lucro do Banco do Brasil aumentou no transcorrer dos anos para tais operações. Destacou ainda que há uma portaria do Ministério da Fazenda que autoriza o BB a executar a operação, mas não o obriga a realizar empréstimos aos produtores. Disse ainda que bancos privados também operam linhas de financiamento deste modelo.
Além de ter trabalhado na Casa Civil durante o governo Dilma, Gilson Bittencourt atuou no Ministério da Fazenda e também já foi titular da Secretaria Nacional de Agricultura Familiar do Ministério do Desenvolvimento Agrário no governo Fernando Henrique Cardoso. Perguntado pelo senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES) se era filiado a algum partido político, Bittencourt afirmou que foi filiado ao PT até 2001, quando assumiu um cargo na gestão de FHC.
Nesta terça-feira (14), além de Gilson Bittencourt, está previsto depoimento do ex-secretário de política agrícola do Ministério da Agricultura, André Nassar.