A sessão especial que o Senado realizou nesta quinta-feira (11) para celebrar a memória do senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC), morto há um mês, foi marcada pelas homenagens a seu espírito democrata, conciliador, habilidoso na negociação política e dotado de grande cultura. Ao abrir a sessão, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), convidou a viúva Ivete Marli Appel da Silveira a integrar a Mesa. No encerramento, Magnus Manuel de Souza Marques, saxofonista da Aeronáutica, executou My Way (de Paul Anka, Claude François e Jacques Revaux). Era a canção favorita de Luiz Henrique.
Primeiro orador a falar, Renan destacou o lado humano do político Luiz Henrique e disse que o homenageado sonhava com um Brasil de primeiro mundo, “um Brasil sem a vergonha das disparidades que ainda não conseguimos dissipar”. Renan também disse que, na condição de cidadão, aquele líder se revelava nas preocupações com a sua comunidade e com a integridade da nação brasileira. “Aqui no Senado fomos testemunhas de sua habilidade na conciliação dos desiguais, sempre valorizando as qualidades de cada um, até mesmo de quem lhe pudesse fazer oposição. Esse foi o caráter do nosso companheiro Luiz Henrique. Todos nós somos testemunhas de seu espírito conciliador. Foi também um senador leal, empreendedor e prospectivo, preocupado sempre com as possibilidades de o Senado colaborar com o desenvolvimento dos brasileiros e com o crescimento do país”, afirmou o presidente do Senado.
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Jorge Viana (PT-AC) afirmou que, ao chegar ao Senado, não imaginava que ganharia o privilégio de conviver com Luiz Henrique. Ele lembrou que, num mundo marcado por relações impessoais e por jogos de interesses, Luiz Henrique se diferenciava por ser um homem de amizades e, como tal, aonde chegava fazia novos amigos e conquistava admiradores, independente da idade e da classe social. Disse ainda que Luiz Henrique deixou um legado que a história registrará.
O senador Dário Berger (PMDB-SC) definiu o homenageado como um vencedor que soube vencer como poucos. Disse que nem mesmo o invejável currículo de homem público retirou de Luiz Henrique a capacidade de ouvir, a vocação de aconselhar, e a aptidão para converter ideias e teses em políticas públicas efetivas. “Em momentos como o que estamos vivendo, de instabilidade política e econômica, é justamente quando estes referenciais e valores contribuem particularmente para seguirmos enfrentando nossos desafios. A imagem de Luiz Henrique nos servirá sempre como um esteio e guia para seguirmos confiantes”, afirmou ainda Dário Berger.
Para o senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), o Brasil perdeu não apenas um político correto e um realizador dinâmico, mas também um “homem bom” cuja memória continuará viva. Ele salientou os vínculos de amizade pessoal de mais de 30 anos com Luiz Henrique, registrando que, passado o choque inicial por sua morte, agora sente com mais força o sentimento da perda.
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