O ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha (PMDB), afirmou em Porto Alegre, nesta sexta-feira (20), que a morte do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), vai fazer com que “a gente tenha um pouco mais de tempo” para a homologação das delações dos executivos da Odebrecht. A declaração foi dada pela manhã em um evento no Palácio Piratini, sede do governo gaúcho. “A morte, por certo, vai fazer com que a gente tenha, em relação à Lava Jato, um pouco mais de tempo agora para que as chamadas delações sejam homologadas ou não”, afirmou o ministro, conforme a Folha de S.Paulo.
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O nome dele, assim como do presidente Michel Temer e outros auxiliares, aparece nos acordos de delação premiada que seriam homologados na próxima semana por Teori. Em apenas uma delas, feita por Cláudio Melo Filho, Temer foi citado 43 vezes. Cláudio foi vice-presidente de Relações Institucionais da Odebrecht.
De acordo com o site BuzzFeed, Cláudio contou que Padilha o orientou a distribuir pelo menos R$ 4 milhões dos R$ 10 milhões acertados em jantar no Palácio do Jaburu, em maio de 2014, na presença de Temer e do empreiteiro Marcelo Odebrecht. O delator, segundo o site, recomendou que os recursos fossem entregues no escritório de José Yunes, amigo de cinco décadas e ex-assessor especial de Temer. O ministro nega envolvimento com irregularidades.
Padilha também afirmou que o presidente deve indicar “com a maior brevidade possível” o novo ministro do Supremo. Temer conversou nesta sexta com os ministros Alexandre de Moraes, da Justiça, e Gracie Mendonça, da Advocacia-Geral da União. Os dois são cotados para o cargo.
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