O ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, vai ao Congresso Nacional nesta terça-feira (22) para prestar esclarecimentos sobre as denúncias de candidaturas laranjas que levaram ao seu indiciamento e ajudaram a inflar a crise no PSL. Ele foi convocado para falar sobre o assunto pela Comissão de Transparência, Fiscalização e Controle (CTFC) do Senado.
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Como pode ser punido por crime de responsabilidade se faltar a uma convocação do Congresso sem apresentar a justificação adequada, o ministro Álvaro Antônio já confirmou presença na sessão da CTFC, prevista para começar às 9h desta terça-feira. Antes disso, porém, ele já havia recusado alguns convites da Comissão de Transparência, que tenta ouvir o ministro sobre as denúncias das candidaturas laranjas desde março.
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Autor do pedido de convocação, o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder da oposição no Senado, disse que foi justamente por essas recusas e pelo andamento das investigações sobre o desvio de verbas eleitorais que o convite foi transformado em convocação. “O ministro precisa colocar às claras o obscurantismo que ronda as eleições do PSL e esclarecer à República sobre o que tomou parte neste processo eleitoral”, defende Randolfe.
O senador apresentou o pedido de convocação de Álvaro Antônio logo depois que o ministro foi indiciado pela Polícia Federal e denunciado pelo Ministério Público por conta das candidaturas laranjas identificadas no PSL de Minas Gerais nas eleições do ano passado. E diz que ouvir o depoimento do ministro é ainda mais importante neste momento, já que a crise no PSL se acentuou nos últimos dias.
“Depois dos últimos acontecimentos, a presença do ministro do turismo na CTFC é mais do que esperada. A população tem o direito de entender a guerra interna do PSL nascida do laranjal”, afirmou Randolfe, que tem criticado as denúncias de candidaturas laranjas e também a briga interna do PSL, evidenciada pela disputa da liderança do partido na Câmara. “Como num reality show ruim, a liderança da casa do PSL passa de mão em mão há muitos dias. Quanto custa a ‘prova do líder’? Quanto o país vai pagar por mais um capricho político dessa família faminta por poder?”, provocou Randolfe nas redes sociais.
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