O governador Rodrigo Rollemberg ganhou um importante aliado na luta pela implementação das organizações sociais para administrar hospitais públicos do Distrito Federal. Durante visita ao Hospital da Criança de Brasília nesta quarta-feira (11), o ministro da Saúde, Ricardo Barros, afirmou que pretende ampliar o modelo de gestão da rede pública com organizações sociais (OS) em todo o país.
“Esse modelo tem feito sucesso em todo o Brasil. Nele, a sociedade organizada, através de entidades filantrópicas ou de associações, se une ao Sistema Único de Saúde, que financia parte dos serviços e com isso se consegue prestar serviços de qualidade e excelência”, afirmou Ricardo Barros.
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O Hospital da Criança de Brasília, onde o ministro se encontrou com Rollemberg, é gerido por uma OS e considerado uma referência no atendimento pediátrico na cidade. Em 21 de abril, a unidade de saúde ganhará mais um bloco com 21 metros quadrados. A construção é feita por meio de parceria do governo de Brasília com a Organização Mundial da Família. O investimento é de cerca de R$ 102 milhões.
Oposição
Apesar do apoio do governo federal e do esforço da Secretaria de Saúde para implementar o sistema das OSs em Unidades Básicas de Saúde do DF, a proposta sofre alta rejeição na Câmara Legislativa. O novo presidente da Casa, que ficará no mandato até 2018, Joe Valle (PDT), já alertou que não deve colocar a proposta em votação.
O governo, por sua vez, defende que as OSs racionalizam o gasto com saúde pública. Como exemplo, o governador compara o Hospital de Base de Brasília com o Hospital Santa Marcelina, em São Paulo, gerido por uma Organização Social. “O hospital de Base custa R$ 55 milhões, enquanto o Santa Marcelina R$ 32 milhões. Sendo que o hospital paulista tem um atendimento muito mais eficaz”, alega.
Com informações da Agência Brasil