O ministro da Secretaria de Aqüicultura e Pesca, Altemir Gregolin, disse hoje (30) que está tranqüilo quanto à lisura da utilização do cartão de crédito corporativo. A Controladoria Geral da União (CGU) deve investigar os gastos feitos pelo ministro com o cartão, que, em 2007, chegaram a R$ 21,6 mil.
Além dele, a CGU também vai cobrar da ministra de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, Matilde Ribeiro, informações sobre os gastos de R$ 171,5 mil realizados com o cartão no mesmo período. (leia)
Segundo Gregolin, os pagamentos que realizou são referentes à agenda de trabalho como hospedagem, alimentação “e gastos eventuais como a locação de veículo”.
O ministro também alegou que não fez saques em espécie. “Não uso o cartão para saques em dinheiro vivo, embora eu possa”, afirmou.
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O cartão coorporativo é utilizado por servidores públicos federais para pequenas despesas como a compra de material, pagamento de diárias em viagens e prestação de serviços. Segundo a Controladoria-Geral da União (CGU), foram gastos com o cartão, no ano passado, R$ 75,6 milhões, um aumento de 129% em comparação com 2006.
CPI
Nesta quarta-feira, o deputado federal Carlos Sampaio (PSDB-SP) começa sua peregrinação para recolher assinaturas pela instalação de uma comissão parlamentar de inquérito (CPI) que terá como objetivo investigar o uso de cartões de crédito corporativos.
Para instaurar a comissão, o Sampaio precisará da assinatura de 170 parlamentares.
Segundo ele, até o final do dia os deputados Rodrigo Maia (RJ), presidente do DEM, Chico Alencar (RJ), líder do Psol, Paulinho (PDT-SP), Fernando Gabeira (PV-RJ) e Raul Jungmann (PPS-PE) deverão se posicionar sobre o assunto.
Carlos Sampaio alega que a CPI não deve ser instalada em decorrência das recentes acusações contra os ministros Matilde Ribeiro (Igualdade Racial) e Altemir Gregolin (Pesca). Ele ressalta que há cinco anos pede informação sobre o uso desses cartões por autoridades do governo federal. Os ministros serão investigados pela Controladoria-Geral da União (CGU) por supostos excessos no uso do cartão.
Em entrevista concedida hoje, o presidente do Senado, Garibaldi Alves Filho (PMDB-RN), também defendeu a apuração dos gastos realizados pelos ministros. Sem dar maiores explicações, disse que é a favor de uma fiscalização permanente. (Erich Decat)
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