O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, admitiu que está deixando o governo, embora evite declarar isso com todas as letras. Em entrevista por telefone ao jornal O Estado de S. Paulo, nesta quinta-feira (17) à noite, Levy demonstrava cansaço, após dias de especulações sobre sua saída do governo.
De fora
De acordo com o jornal, o ministro falou a respeito do governo como se já não fizesse parte dele. Ao referir-se ao final do ano fiscal, sinalizou que ali estaria terminada sua tarefa. Perguntado sobre a dificuldade da presidente Dilma para encontrar um novo nome para a Fazenda, respondeu que “sempre se acha um substituto”. Quanto a para onde ir agora, Levy foi sarcástico: “Para o Hotel Brisas”.
A uma pergunta mais direta sobre se estava deixando o governo e se Dilma estaria apenas aguardando a escolha de um novo ministro, Joaquim considerou:
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“O ano legislativo se encerrou. Infelizmente a 694 (MP que reduz incentivos fiscais) não passou. Essa é a minha maior fonte de preocupação”, e acrescentou: “O governo só fala do fiscal. Por quê? Nunca entendi. Parece que tem medo de reforma, não quer nenhuma reforma”, queixou-se.
Quando à ausência das reformas que ele sugeriu à presidente Dilma, o ministro se esquivou. “Não posso falar pelos outros. Tem questões políticas. Ela está sob pressão”. afirmou.
Levy falou ainda sobre o que considera seus maiores avanços, como a retomada da credibilidade econômica. Lembrou que conseguiu evitar mais “pedaladas” e disse, em tom de brincadeira, que seu caminho agora “é de paz interior”.
Leia a íntegra da entrevista de Joaquim Levy ao Estadão
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