Relatório da Polícia Federal revela troca de mensagens entre o presidente do PMDB da Bahia, Geddel Vieira Lima, e Léo Pinheiro, ex-presidente da construtora OAS. Ministro do segundo governo Lula e ex-vice-presidente de Pessoa Jurídica da Caixa Econômica Federal, Geddel aparece pedindo dinheiro para candidaturas, incluindo a dele ao Senado em 2014. O peemedebista foi derrotado no pleito por Otto Alencar (PSD). A informação foi publicada nesta quarta-feira (20) pelo jornal O Globo.
O documento da PF, elaborado após mandado de busca que apreendeu dois celulares do empreiteiro, afirma: “Geddel aparece em algumas oportunidades solicitando valores para Léo Pinheiro, em especial relacionado ao termo ‘eleição’ e outros apoios. Já Léo Pinheiro demonstra ver em Geddel um agente político que pode ajudar na relação da OAS com órgãos e bancos (Caixa, por exemplo)”.
Geddel solicitou recursos para candidato em Vitória da Conquista em outubro de 2012. Fora da Caixa desde de dezembro de 2013, o presidente do PMDB baiano pediu ao empreiteiro, na iminência das eleições do ano passado, para “acelerar o processo” . “A coisa apertou, me ajude”. E ainda ressaltou que venceria o pleito. “Eduardo me falou que vc disse a ele que Otto virou a eleição? Não acredite tão cegamente no lero lero do judeu. Eu ganho a eleição, aposte nisso.”
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Quando ainda estava na Caixa, Geddel tratou com o então ministro da Avião Civil, Moreira Franco, para que concessionárias de aeroportos pudessem participar de novos leilões. Em 26 de julho, Geddel mandou a seguinte mensagem a Léo Pinheiro: “Martelo batido: pode participar. Aí está mensagem que acabo de receber de MF. Me disse ele que solução nos contempla. Parabéns”.
Léo Pinheiro foi condenado em 2015, na Operação Lava Jato, a 16 anos de reclusão por corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa
O outro lado
Questionado pelo jornal se atendera aos pedidos de Léo Pinheiro enquanto estava na Caixa, Geddel respondeu: “Claro que o atendi. Ele era um grande empresário brasileiro. Eu fazia isso com todos. Quem me procurava era um empresário como qualquer outro. Minhas coisas foram feitas às claras. Eu não estava conversando ou fazendo pedidos a um criminoso, estava conversando com um grande empresário brasileiro, meu amigo. A Polícia Federal não tinha dito que era criminoso, ninguém havia levantando algum tipo de suspeita”.
Leia a íntegra da matéria de O Globo
http://oglobo.globo.com/brasil/mensagens-revelam-como-geddel-vieira-lima-atuou-para-oas-18509251
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