O ex-chefe do Departamento de Contratação e Administração de Material dos Correios Maurício Marinho agravou ainda mais a crise dentro da estatal. Em depoimento hoje a portas fechadas na CPI dos Correios, ele apresentou um dossiê com mais de 300 páginas em que aponta irregularidades em vários contratos de prestação de serviço assinados pela empresa. A informação é do sub-relator de Movimentação Financeira da CPI, deputado Gustavo Fruet (PSDB-PR).
Segundo a senadora Ideli Salvatti (PT-SC), que também acompanha o depoimento, Marinho confirmou que o superfaturamento de contratos nos Correios era prática corriqueira ainda durante o governo Fernando Henrique Cardoso (1995-2002). No período, Hassan Gebrim era o presidente da estatal. Em depoimento ao Ministério Público, Marinho cita diversas vezes Gebrim como um dos principais articuladores dos esquemas de fraudes nas licitações dos Correios.
O senador Álvaro Dias (PSDB-PR), integrante da comissão, disse que, segundo Marinho, os prejuízos provocados pelas licitações irregulares nos Correios chegam a R$ 1 bilhão somente na área de franquias. Dias informou ainda que o ex-diretor da estatal sustentou, conforme já havia revelado, a existência de um esquema para abastecer o caixa do PT, do PTB e do PMDB com recursos da estatal. O dinheiro seria utilizado para financiar campanhas eleitorais.
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