Candidato à presidência da República pelo PSDB, o senador Aécio Neves (MG) afirmou nesta quarta-feira (16) que, se eleito, pretende manter os programas sociais do governo do PT que “dão certo”, como o Mais Médicos e o Bolsa Família. “Política é copiar o que dá certo e aprimorar, nós vamos manter e aprimorar. Não há nenhum constrangimento nisso”, disse, em sabatina promovida pelo portal UOL, jornal “Folha de S. Paulo”, STB e Jovem Pan.
Aécio declarou que pretende pagar aos cubanos do programa Mais Médicos o mesmo valor pago aos outros estrangeiros, mas não respondeu, de forma objetiva, como faria isso — os médicos do programa do governo federal de outras nacionalidades ganham, em média, R$ 10 mil; os cubanos, cerca de R$ 3 mil. Os médicos do programa atuam em regiões do país onde há escassez de profissionais da medicina.
O tucano confirmou que vai manter o programa de transferência de renda Bolsa Família em sua eventual gestão. Os dois programas constam de seu plano de governo entregue à Justiça eleitoral.
Privatizações
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Aécio afirmou ainda que pretende rediscutir o atual sistema de partilha da Petrobras caso seja eleito. Atualmente, o petróleo produzido pela estatal é de propriedade do Estado.
Na avaliação do tucano, o modelo anterior, de concessões, “foi benéfico para o Brasil” e que é preciso “fazer essa discussão à luz do dia”. Pelo sistema de concessão, empresas são donas do óleo produzido e pagam remuneração ao Estado. Questionado sobre privatizações, Aécio declarou que “o que precisava ser privatizado foi privatizado” e que vai reestatizar empresas públicas que foram “privatizadas por interesses escusos”.
O tucano afirmou também que vai adotar medidas “necessárias” para o Brasil e que não pretende “governar de olho nas curvas de popularidade”. Ele aparece em segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto. O presidenciável do PSB, Eduardo Campos, foi sabatinado ontem.
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