Edson Sardinha e Mário Coelho
Um grupo de cerca de 200 pessoas ocupa neste momento o plenário da Câmara Legislativa em protesto contra o governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM), e os deputados distritais envolvidos no inquérito da Operação Caixa de Pandora, da Polícia Federal.
“Eles precisam ver o descontentamento do povo”
Outras 200 pessoas estão do lado de fora, acompanhando discursos de sindicalistas e militantes de partidos de esquerda, que pedem a saída do governador. Um estudante, com nariz de palhaço, está dentro de um caixão, colocado em frente à mesa principal da tribuna.
O ato reúne estudantes, sindicalistas e trabalhadores que fazem parte do movimento “Fora, Arruda”. A manifestação começou por volta das 14h30, quando dirigentes do Partido dos Trabalhadores e da Central Única dos Trabalhadores (CUT) no Distrito Federal protocolavam pedidos de impeachment do governador.
Depois de terem sua entrada barrada pelos seguranças, os manifestantes quebraram uma porta de vidro e o detector de metais localizados na entrada da Casa. Cerca de 50 estudantes subiram nas mesas, gritando palavras de ordem contra o governador e os deputados distritais. Na invasão, um segurança ficou ferido.
O presidente do diretório regional do PT, o ex-deputado Chico Vigilante, que protocolou o pedido de impeachment feito pelo partido, condenou a ocupação. “A ocupação foi um desserviço. Nós nunca quebramos nada. Isso é dar pretexto para outros dizerem que o movimento está errado”, afirmou Vigilante ao Congresso em Foco.
Agora, chega a seis o número de pedidos de impeachment de Arruda, acusado de comandar um esquema de pagamento de mesada para deputados distritais aliados.
Arruda foi flagrado em vídeo recebendo dinheiro, conforme mostra o inquérito da Operação Caixa de Pandora, de um assessor, que o acusa de comandar um esquema de cobrança de propina de empresas que têm contrato com o governo do Distrito Federal e distribuir recursos para deputados distritais aliados.
O governador alega inocência e diz ser vítima de uma armação política. Dois pedidos de impeachment foram protocolados ontem contra ele na Câmara Legislativa. A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-DF) também promete entrar, ainda esta semana, com processo para que o governador deixe o cargo.
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