Ana Carolina Pessoa *
O senador Renan Calheiros (MDB-AL) e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), protagonizaram mais um episódio de confronto público nas últimas horas. A polêmica teve início quando Renan foi excluído da composição da CPI dos Ataques Golpistas devido à pressão de Lira. Por meio de uma rede social, ambos seguiram os ataques.
O senador recorreu às redes sociais para criticar seu adversário, chamando-o de “caloteiro’’ e relembrando acusações de violência doméstica contra ele, que foram previamente rejeitadas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Esta não é a primeira briga pública de ambos neste ano.
Em seu perfil do Twitter, Renan escreveu: “Triste exemplo: Lira é caloteiro, costuma não pagar o que deve. Pior, desvia dinheiro publico e bate em mulher – deu uma surra de 2h em Jullyene, a ex-esposa e mãe de seus filhos. Confesso que aprovou a lei maria da penha pensando em punir meliantes como ele.˜
A menção do senador é relacionada a um processo em que um empresário rural de Alagoas cobra de Lira um pagamento de R$1,8 milhão por uma suposta negociação envolvendo cabeças de gado. O caso foi revelado pelo colunista Ancelmo Gois, do jornal O Globo.
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Em resposta, o presidente da Câmara emitiu uma declaração enviada aos veículos de comunicação.
“Já falei que o problema do senador Renan é psiquiátrico. Para ele, será mais um processo na Justiça e mais uma condenação”, pontuou Lira.
Em outros bate-bocas pelas redes sociais, Renan chamou Lira de “tiranete” e o acusou de querer ‘’rasgar a Constituição’’, em meio a disputa entre Câmara e Senado pelo rito de tramitação das chamadas comissões mistas. Lira respondeu:
“O bom da liberdade de expressão é que permite até os bobos se manifestarem, embora no geral se comportem de maneira ridícula, panfletária e incendiária. Para gente desse naipe, o melhor seria a cadeira do psicanalista , não a do parlamento, pois em nada contribui com a democracia “, postou.
Segundo informações divulgadas por Ricardo Noblat, do Metrópoles, Lira tem pressionado o presidente Lula a demitir o filho de Renan do Ministério dos Transportes, em troca da votação da MP 1154, que reestrutura os ministérios.
Em janeiro deste ano, Renan se tornou réu na Justiça do Distrito Federal por calúnia, injúria e difamação contra Lira. A ação está relacionada a postagens feitas nas redes sociais após uma operação que, em outubro de 2022, afastou do cargo o governador de Alagoas e então candidato à reeleição, Paulo Dantas (MDB), aliado de Renan. no caso, Renan classificou o episódio como uma “armação de Lira’’.
* Estagiária, sob supervisão de Iara Lemos
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