Leia a íntegra do discurso de Júlio Delgado
Editorial: a rendição do Congresso ao chiqueiro da política
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Júlio Delgado continuou seu raciocínio fazendo alusão a uma denúncia feita recentemente contra Henrique Alves. “A maioria dos deputados não faz emendas para empresa de chefe de gabinete. Isso é a exceção”, criticou, em referência ao seu adversário. O deputado rebateu a proposta de Henrique – que prometeu criar amanhã três comissões especiais para analisar propostas de mudança na Constituição para tornar as emendas parlamentares de pagamento obrigatório pelo governo federal.
Segundo Júlio, o orçamento impositivo das emendas já foi proposto várias vezes, mas não vingou. Ele também defendeu a análise dos vetos presidenciais, num compromisso semelhante ao assumido por Henrique.
O deputado ainda criticou outra proposta de Henrique, a oferta de maior espaço para os parlamentares no noticiário dos veículos de comunicação da Casa. “Peguem os discursos de quatro anos atrás”, disse Júlio, ao lembrar outra promessa não cumprida, lembrando que Henrique foi um dos coordenadores da campanha do atual presidente, Marco Maia (PT-RS).
O parlamentar defendeu propostas que atendem o chamado “baixo clero”, grupo de deputados de pouca expressão. Ele afirmou existir dinheiro tanto para uma TV que noticie as atividades dos deputados fora de Brasília como a construção do Anexo V, um prédio novo para abrigar gabinetes com mais conforto. Destacou que, no Anexo III, os gabinetes não têm banheiro, o que, na sua opinião, divide os parlamentares em duas categorias.
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