Responsável pelos desdobramentos da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro, o juiz Marcelo Bretas converteu a prisão preventiva da ex-primeira-dama do estado Adriana Ancelmo em prisão domiciliar. O titular da 7ª Vara Federal Criminal do Rio aceitou os argumentos da defesa, que alegou que ela precisava retornar para casa para cuidar dos filhos de 11 e 14 anos. O juiz impôs algumas condições a ex-primeira-dama: ela não poderá usar a internet nem telefone móvel ou fixo em seu apartamento nem poderá fazer qualquer trabalho fora de casa. O passaporte de Adriana ficará retido.
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A advogada, casada com o ex-governador Sérgio Cabral (PMDB), está presa desde 6 de dezembro. Os dois no presídio de Bangu. Adriana é acusada de lavagem de dinheiro e organização criminosa na Operação Calicute, desdobramento da Lava Jato. Eles são réus, juntamente com outras 11 pessoas, no processo que investiga rombo de R$ 220 milhões aos cofres públicos, mediante o pagamento de propina por obras como a do Maracanã, a do Arco Metropolitano e a do PAC das favelas.
Ao determinar a prisão de Adriana Ancelmo, Marcelo Bretas disse que ela “ocuparia posição central na organização criminosa, capitaneada por seu marido, Sérgio Cabral”. A ex-primeira-dama foi apontada como uma das principais responsáveis por ocultar recursos recebidos indevidamente por seu marido, por meio de seu escritório de advocacia. Adriana é acusada de ter adquirido ilegalmente uma fortuna de mais de R$ 6,5 milhões. “A sua prisão preventiva interrompe o ‘ciclo delitivo’ da organização criminosa e da lavagem de dinheiro em curso, permitindo assegurar a ordem pública e a efetividade da persecução criminal”, afirmou o juiz na ocasião.
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