A legenda de uma foto publicada no perfil do Facebook do novo ministro do Planejamento, Romero Jucá, foi adulterada com um comentário machista nesta sexta-feira (13). No texto original, que ilustra uma imagem do novo ministério com o presidente interino, Michel Temer, Jucá se limita a dizer: “Participando da primeira reunião ministerial”. Já na outra versão, o ministro dá uma explicação sexista em alusão à ausência de mulheres no primeiro escalão do governo interino Michel Temer. “Participando da primeira reunião ministerial. Muitos condenam a ausência de mulheres, mas sem elas a reunião fica muito mais objetiva e produtiva, afinal o Brasil não tem tempo a perder.”
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Ex-líder dos governos Fernando Henrique Cardoso, Lula e Dilma no Senado, Jucá voltou ao Facebook para publicar as duas fotos e dizer que jamais diria algo que pudesse desrespeitar qualquer pessoa, “principalmente as mulheres que exercem um papel fundamental no campo de trabalho”.
“Estou sendo vítima nas #RedesSociais de ataques de pessoas ligadas ao #governo que foi afastado e adversários políticos. Jamais diria algo que pudesse desrespeitar qualquer pessoa, principalmente as mulheres que exercem um papel fundamental no campo de trabalho. Sempre valorizei e incentivei a participação da mulher na vida pública, pois contribui consideravelmente para a modernização e transparência da gestão pública e no fortalecimento da política. Vejam a postagem VERDADEIRA que fiz em minha página no Facebook.”
Com 23 integrantes, o novo ministério não tem mulher nem negro. Mas vários políticos investigados, como Jucá, e com dificuldade para se elegerem, como mostrou ontem o Congresso em Foco. Após cogitar um “ministério de notáveis”, com intelectuais e especialistas em suas respectivas áreas, o presidente em exercício Michel Temer (PMDB) anunciou uma equipe com candidatos que não tiveram voto suficiente em suas últimas eleições, suspeitos de cometer crimes e velhos conhecidos dos governos Dilma, Lula e Fernando Henrique Cardoso. Além de Jucá, também são investigados na Operação Lava Jato os ministros Geddel Vieira (Secretaria de Governo) e Henrique Eduardo Alves (Turismo).
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