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Segundo Youssef, Dirceu tinha conhecimento de que os recursos pagos por empreiteiras para fraudar contratos na Petrobras eram repassados ao PT. Dirceu e o também ex-ministro Antonio Palocci foram apontados por ele como contato do lobista Júlio Camargo, outro delator do esquema, que contou ter feito pagamentos de propina a altos funcionários da estatal em troca de contratos na empresa. Youssef disse ainda que Dirceu voava com frequência no jatinho de Camargo.
Um dos condenados do mensalão, Dirceu veiculou resposta em seu blog por meio da qual diz que “as declarações são mentirosas”. Para o ex-ministro, que ficou 354 dias preso e agora cumpre prisão domiciliar, a própria delação do doleiro o inocenta, por não apresentar provas. Além disso, assegura Dirceu, Youssef sequer soube explicar a sua “suposta participação” no esquema.
Confira a íntegra da reposta:
“O ex-ministro José Dirceu repudia, com veemência, as declarações do doleiro Alberto Youssef de que teria recebido recursos ilícitos do empresário Julio Camargo, da Toyo Setal, ou de qualquer outra empresa investigada pela Operação Lava Jato.
O ex-ministro também afirma que nunca representou o PT em negociações com Julio Camargo ou com qualquer outra construtora. As declarações são mentirosas. O próprio conteúdo da delação premiada confirma que Youssef não apresenta qualquer prova nem sabe explicar qual seria a suposta participação de Dirceu.
O ex-ministro também esclarece que, depois que deixou a chefia da Casa Civil, em 2005, sempre viajou em aviões de carreira ou por empresas de táxi aéreo.”