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Gaúcho de Santa Maria, o advogado Nelson Azevedo Jobim, 61 anos, tornou-se deputado federal em 1986. Na Assembléia Nacional Constituinte, foi relator-substituto do regimento interno da ANC. Na ocasião, também se tornou líder do PMDB. Jobim foi ministro da Justiça entre 1995 e 1997 no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Deixou o Executivo para tornar-se ministro do Superior Tribunal Federal.
Em 2002, num seminário para jornalistas, em que se discutiam os limites entre a investigação e o sensacionalismo, Jobim afirmou: “Mentir faz parte do jogo democrático. Tem conseqüências, mas faz parte”. O ex-deputado tornou-se presidente da máxima corte brasileira em 2004. Na gestão de Lula, virou alvo da oposição. O então PFL (hoje DEM) e o PSDB o acusaram de agir politicamente para defender o governo petista em decisões do STF. Numa delas, concedeu liminar para a CPI dos Bingos não ter acesso ao sigilo bancário de Paulo Okamotto, presidente do Sebrae e amigo de Lula.
Cotado para ser vice na chapa de Lula nas eleições passadas, Jobim acabou sendo preterido. O PMDB preferiu não participar formalmente da campanha para não atrapalhar as alianças regionais com a verticalização partidária. Mas Jobim continuou nas graças de Lula e a trabalhar em seu escritório de advocacia no Lago Sul, em Brasília.
Desde então, já foi cotado duas vezes para ser ministro. E, com o apoio inicial do Planalto, disputou o comando do PMDB contra o deputado Michel Temer (SP). Irritado, renunciou à candidatura, alegando que o governo interferia na disputa interna do PMDB em favor de seu adversário.
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