A igreja católica lança hoje (21), às 12h, em Belém (PA), a Campanha da Fraternidade deste ano. Com o tema Amazônia, a igreja retoma, após oito anos, o embate com o governo. A campanha defenderá, dentre outras propostas, o fim da concessão de liminares de reintegração de posse a fazendeiros que têm terras invadidas.
Nas décadas de 80 e 90, segundo o jornal Folha de S. Paulo, as campanhas abordavam temas como fome e falta de moradia. Por isso, era comum a troca de farpas com os governos. Entretanto, desde 2000, o foco mudou. As campanhas passaram a abordar direitos dos idosos, dos deficientes físicos etc.
Para o secretário-geral da CNBB, Dom Odilo Scherer, a igreja não teme novos embates. “O fundo da questão é antropológico e ético. A Amazônia está na perspectiva da família humana. É preciso cuidar do que é de todos”, ressaltou.
O texto-base da campanha afirma que “o Estado foi omisso no cumprimento de suas funções”, pois “deixou de fazer a regularização fundiária, foi incapaz de fiscalizar cartórios e grileiros e de controlar a corrupção”.
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Além disso, o documento diz que “os latifúndios, na Amazônia, têm origem esdrúxula, quando não ilegal”, e que “a concessão de uma liminar de despejo, num conflito com o latifúndio, parece, pelo menos, temerária”.
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