O prefeito Fernando Haddad (PT) foi atingido por uma garrafa de plástico, vazia, depois de cercado e hostilizado por cerca de quinze integrantes do Movimento Passe Livre (MPL). O conflito ocorreu na manhã desta segunda-feira (25), depois do encerramento de missa celebrada na Catedral da Sé, em homenagem ao aniversário da cidade, em São Paulo. O governador também foi cercado e hostilizado pelo grupo. Seu carro foi chutado por manifestantes.
A manifestante Andreza Delgado, do MPL, colou um adesivo no carro do prefeito, com a frase “R$ 3,80 não pago”. O grupo tentou impedir a saída do veículo. A Polícia Militar retirou os manifestantes. “Hoje é dia de festa, não para falar sobre isso”, disse o prefeito ao MPL.
“Máfia”
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Assim que Haddad saiu da catedral, por uma porta lateral, manifestantes do MPL começaram a gritar “Cartel do Metrô, máfia do busão, 3,80 da tarifa não”. O Coletivo Autônomo dos Trabalhadores Sociais também participou do protesto.
O prefeito conseguiu entrar no carro e sair. O governador Geraldo Alckmin (PSDB), o secretário municipal da Educação, Gabriel Chalita, e o futuro secretário estadual da Educação, José Renato Nalini, estavam no local. Alckmin também foi cercado e hostilizado pelo grupo. Procurada pelo Estadão, a Prefeitura de São Paulo não quis se manifestar.
“Vuco-vuco”
Mayara Vivian, integrante do MPL, disse que a garrafa que atingiu o prefeito não foi arremessada pelo grupo. Ela afirmou ainda que não viu o momento em que o objeto foi jogado.
“O que acontece nas manifestações é que a rua é pública e quando acontece esse vuco-vuco, o povo está revoltado e às vezes alguém acaba fazendo alguma outra ação, que não machucou porque era uma garrafa de plástico”, declarou Vivian.
O MPL fará, nesta terça (26), o 6º protesto contra o aumento da tarifa, que subiu de R$ 3,50 para R$ 3,80, no último dia 9. O ato está marcado para 17 horas, na Estação da Luz, no centro da capital.
Haddad criticou os jornalistas que perguntam sobre essa possibilidade.
“Dá vontade de perguntar como você tem a coragem de me fazer uma pergunta dessa. Passe livre pra todo mundo custa todo o IPTU da cidade. Eu precisaria pegar todo o IPTU da cidade, tirar da Educação, tirar da Saúde, tirar da Cultura”, argumentou o prefeito de São Paulo.
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