O governo divulgou nesta terça-feira (15) uma “Nota à Imprensa” em que diz esperar que os todos fatos levantados pelas investigações da Operação Lava Jato que envolvam ministros e outras autoridades possam ser esclarecidos “o mais breve possível, e que a verdade se estabeleça”.
A nota acrescenta que tem a expectativa de que todos os investigados possam apresentar suas defesas dentro do princípio do contraditório, e que esse processo fortaleça as instituições brasileiras.
O comunicado da Secretaria de Imprensa do Planalto foi divulgado logo após a “Operação Catilinária”, da Polícia Federal, que fez busca e apreensão na residência oficial do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e também em endereços seus no Rio de Janeiro.
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Quem autorizou a busca na residência de Cunha foi o ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal (STF), a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot.
Ministros
A operação teve ainda outros alvos: o deputado federal Aníbal Gomes (PMDB-CE), o ministro de Ciência e Tecnologia, Celso Pansera, o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, e o senador Edison Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia. Todos receberam mandados de busca e apreensão, para que a polícia pudesse coletar provas nos inquéritos que apuram se o presidente da Câmara cometeu os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Também nesta terça foi divulgado o conteúdo da da confissão do pecuarista José Carlos Bumlai. Em jdepoiment à PF, em Curitiba, onde está preso, o amigo de Lula revelou que o empréstimo tomado ao Bnco Dchahin, no valor de R$ 12 milhões e jamais pago, foi direto para o caixa 2 do PT – metade para saldar dívidas de campanha e a outra parte para calar um chantagista que ameaçava revelar detalhes sobre corrupção no município paulista de Santo An dré, onde o prefeito Celso Daniel foi assassinado, em 2002.
Amarga manhã
O deputado Eduardo Cunha teve nesta terça talvez a mais amarga de todas as suas manhãs. Acordado pelos policiais que foram revistar sua casa, em busca de provas, o presidente da Câmara veria, logo a seguir, o Conselho de Ética acatar o processo que visa a cassar seu mandato.
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