Alguns representantes dos principais fundos de pensão do país se reuniram nesta terça-feira em São Paulo (SP) para responder ao relatório preliminar apresentado pelo sub-relator da CPI dos Correios, o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto (PFL-BA). O relatório de ACM Neto apontou perdas milionárias em investimentos feitos nos últimos cinco anos. Segundo o relatório, cuja divulgação oficial foi suspensa pelo Supremo Tribunal Federal (STF), as perdas somariam R$ 730 milhões em operações na BM&F, realizadas por 14 fundos de pensão desde 2000.
Quase todos os representantes questionaram a metodologia usada pela CPI. O presidente da entidade que reúne os fundos (a Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar – Abrapp), Fernando Pimentel, afirmou que algumas das operações dos fundos no mercado financeiro foram vistas de forma distorcida e que, apesar dos pedidos oficiais, a comissão não enviou informações sobre os critérios de cálculos dos prejuízos apontados no relatório.
Segundo Pimentel, os fundos já solicitaram uma audiência com o deputado ACM Neto e com demais autoridades da comissão. Ele negou que o relatório tivesse motivações políticas. "No aspecto estritamente político, eu acho que não. Acho que ainda é falta de esclarecimento, de informações sobre os fundos de pensão", disse ele.
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