Renata Camargo
A
pré-candidata do PV à Presidência da República, Marina Silva, afirmou hoje (11)
que o Brasil não precisa viver uma eleição de “apologia do medo”. A afirmativa
foi feita durante a pré-convenção do partido, realizada neste fim de semana. Na
ocasião, Marina declarou que vai debater propostas para o Brasil sem tratar os
demais candidatos como se fossem “inimigos”.
“Os brasileiros venceram o
medo. E eu espero que, depois de tanta luta de democracia, a gente não faça
agora, nessas eleições de 2010, a apologia do medo. Não podemos mais e não
precisamos mais ter medo”, disse Marina. “Não se deve ter uma relação, na
democracia, de pessoas com biografias tão respeitáveis, como se fôssemos
inimigos. O debate não é em torno de Lula, da Dilma, do Serra e do Ciro. O
debate tem que ser feito em torno do Brasil, dos desafios do
Brasil”.
Marina voltou a afirmar que o país não precisa de “gerentões”,
mas de um governante com visão estratégica. A ex-ministra do Meio Ambiente disse
também que o PV não pretende centrar seu discurso na figura de um único
candidato e que o partido não irá fazer um plebiscito entre os governos do
presidente Lula e do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
“Essa é a
linha mestra do meu discurso, sempre. Desde o início, quem colocou que o Brasil
deveria discutir propostas e não fazer embate foi a nossa candidatura. Estamos
no começo da campanha e o que foi proposto neste começo foi comparar o passado
do presidente Lula com o passado do presidente Fernando Henrique. Isso não é
visão estratégica do país”, afirmou.
Na pré-convenção, o PV lançou os
seus pré-candidatos ao governo de São Paulo – que será o ex-deputado
constituinte Fábio Feldman – e ao Senado, o empresário Ricardo Young, do
Instituto Ethos. O empresário Guilherme Leal, dono da Natura, que está sendo
cotado para ser vice de Marina, também esteve presente no evento. Leal disse que
a escolha em ser vice ainda depende de decisões de “foro íntimo”.
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