Bruna Serra, de Recife
Eduardo Militão, de Brasília
O corpo do candidato à Presidência Eduardo Campos (PSB) foi enterrado no início da noite deste domingo (17), em Recife (PE). Sua sepultura fica ao lado da do avô, o ex-governador do estado Miguel Arraes, no Cemitério de Santo Amaro, em uma sepultura simples, sem luxo, rodeada apenas de flores e placas de mármore com identificação. Fogos de artifício e gritos de “Eduardo, guerreiro do povo brasileiro” marcaram o encerramento da cerimônia.
Desde o sábado, pelo menos 130 mil pessoas passaram pelo velório e sepultamento, segundo informações da Polícia Militar de Pernambuco obtidas pelo Congresso em Foco. Eduardo Campos faleceu na quarta-feira (13) após acidente aéreo em Santos (SP), quando ele e mais seis pessoas morreram na queda de um jato Cessna. O sepultamento de hoje acontece mais de cem horas após a tragédia.
Leia também
Nas ruas, nos bancos, nas calçadas em cima dos jazigos – alguns seculares de mármore –, cada metro do Cemitério Santo Amaro foi disputado pelos admiradores do ex-governador na chegada do caixão com os restos mortais do político ao local. As vias próximas ao cemitério estavam cheias de ônibus com caravanas de várias cidades do estado. Segundo a Polícia Militar, 150 mil pessoas passaram pelo velório de Campos, na sede do governo de Pernambuco.
“Viemos prestar nossa solidariedade e agradecer tudo de bom que ele fez pela gente”, disse Mikaela Kalina, de 26 anos, que saiu da cidade de Ribeirão, a aproximadamente 100 quilômetro do Recife. Com ela, mais 300 pessoas foram ao Recife na caravana de oito ônibus.
Próximo à cova, apenas a família e amigos. Houve chuva de flores. O último adeus ao pai, irmão, filho, tio, neto, sobrinho foi observado atentamente pela multidão, que gritava pedindo justiça e que as causas do acidente sejam esclarecidas. A esposa, Renata Campos, quatro dos cinco filhos do casal, a mãe, Ana Arraes, que estiveram ao lado do caixão desde a madruga quando foi trazido de São Paulo, e o irmão, Antônio Campos estavam entre os mais emocionados.
O auxiliar de serviços gerais José Fernando de Souza, que há mais de 40 anos trabalha no cemitério, disse que nunca tinha presenciado movimentação tão intensa em um sepultamento.
Desde a última quarta-feira, dia do acidente, o cemitério passou por reparos para abrigar o ex-governador. Ao longo do percurso feito pelo cortejo fúnebre, centenas de coroas de flores enfeitaram as calçadas e ajudavam a confortar a dor da família pela perda inesperada.
Nova chapa
Com o sepultamento do maior nome do partido, o PSB agora buscará unidade em torno do nome de Marina Silva para prosseguir a disputa pela Presidência da República.
Como mostrou o Congresso em Foco ontem e hoje, um dos mais cotados para ser o vice de Marina é o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS)
(Com Agência Brasil)
Assine a Revista Congresso em Foco em versão digital ou impressa
Deixe um comentário