Ex-presidente da Associação Paulista de Medicina e da Associação Médica Brasileira, o deputado Eleuses Paiva (PSD-SP) afirmou que Padilha trouxe à Câmara nesta quarta-feira um “diagnóstico precário” sobre a quantidade de médicos no país. “Falta médico no setor público. No setor privado, não falta… Falta um diagnóstico da gestão”, afirmou Eleuses, cobrando uma carreira de Estado para a categoria.
A falta de médicos e a má distribuição desses profissionais no Brasil é o principal argumento para importar médicos, notadamente de Portugal e Espanha. Para o deputado Darcísio Perondi (PMDB-RS), que também é médico, o problema da saúde no país é um só: financiamento. “Tudo passa pelo financiamento, pelo financiamento”, reforçou.
Favorável à medida, o deputado Amauri Teixeira (PT-BA) destacou que há carência de médicos o interior baiano. Ele afirmou que salários que chegam a R$ 60 mil mensais não conseguem atrair determinadas especialidades. “Meu estado tem cinco faculdades de medicina. A primeira foi criada por um português, Dom João VI, as outras quatro pela Dilma”, explicou.
O deputado Toninho Pinheiro (PP-MG) aproveitou para cobrar do ministro mais recursos para a saúde. Citando dados do Tribunal de Contas da União, o mineiro afirmou que a área perdeu R$ 17 bilhões em 2012. “O senhor tem medo da Dilma? Por que não gritou?”, questionou. Toninho ganhou notoriedade durante a votação da MP dos Portos, quando subiu em plenário com um faixa cobrando a liberação de R$ 8 bilhões em emendas para a saúde.
Até o deputado Paulo Maluf (PP-SP) aproveitou a oportunidade para anunciar sua preocupação com uma eventual importação de médicos cubanos. Para ele, o ex-presidente venezuelano Hugo Chavez morreu por “trocar a tecnologia pela ideologia”. Chavez passou por tratamento contra o câncer em Cuba. Maluf ressaltou que foi curado de um câncer por ter sido tratado com tratamentos modernos e que os cubanos não têm condições financeiras para comprar equipamentos de ponta. “Se você quiser fazer um test drive num carro do século passado, não precisa ir pro Salão do Automóvel de Detroit. Basta ir à Havana”, justificou.
Padilha: “Não vou esperar a formação de médicos”
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