O presidente do Grupo Parlamentar Brasil/Itália, deputado Rubens Bueno (PPS-PR), pediu nesta sexta-feira (14) ao presidente Michel Temer que revise a decisão do ex-presidente Lula e determine a extradição imediata de Cesare Battisti. “O Brasil não pode acolher esse tipo de estrangeiro. Não há mais nenhum obstáculo para que essa decisão seja tomada”, argumentou.
“O próprio Supremo já autorizou a extradição e agora o ministro Luiz Fux reforça essa possibilidade ressaltando que a decisão final é soberana do presidente da República”, acrescentou. O deputado lembrou que a Itália extraditou o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato, acusado pelos crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro. Segundo Bueno, os crimes de Battisti provocam comoção no país europeu até hoje.
Desde 2007, o deputado trabalha junto aos governos dos dois países para viabilizar o envio do italiano de volta para seu país natal, onde foi condenado por quatro homicídios na década de 1970.
Em troca de mensagens pelo Twitter com o ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, o presidente eleito Jair Bolsonaro disse que, no que depender dele, o italiano voltará a cumprir pena na Europa. “Obrigado pela consideração de sempre, senhor ministro do Interior da Itália. Que tudo seja normalizado brevemente no caso deste terrorista assassino defendido pelos companheiros de ideais brasileiros. Conte conosco”, publicou o presidente eleito em resposta ao ministro italiano.
Leia também
Para Rubens Bueno, a decisão deve partir já do atual presidente. “Temer não deve mais tergiversar sobre esse tema. Precisa seguir o que frisou o ministro Fux e também a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, para quem a decisão sobre a extradição do italiano não é mais de responsabilidade do Judiciário, que já autorizou isso no passado, e sim do presidente da República, que tem plenos poderes para revogar o asilo político de Battisti”, reforçou o deputado.
O ex-líder do PPS na Câmara lembra também que Temer já cogitou editar um decreto para revogar o asilo de Battisti. “E o que fez o criminoso sabendo da notícia? Tentou fugir do país por Mato Grosso do Sul, em outubro de 2017, para chegar a Bolívia. Carregava consigo US$ 6 mil e mais 1.300 euros. Esse fato gerou agora novo mandado de prisão contra ele. Trata-se de um criminoso reincidente que precisa ser extraditado imediatamente do país”, declarou Bueno.
O Temer tenta desviar a acusação do delator Lúcio Funaro, o operador financeiro mencionou, em sua delação ao Ministério Público Federal, pagamento de R$ 20 milhões a Michel Temer em troca da abertura do setor aéreo. A medida provisória foi assinada ontem a toque de caixa, 17 dias antes de sair do governo. Espero que no dia 1º/01 um camburão esteja na porta do Palácio do Planalto esperando por esse ladrão canalha.
O refúgio político tem que ser respeitado, pois é norma internacional.
Respeito sua opinião mas não é o caso, o italiano tem 3 mortes para ir às barras da Justiça Italiana, no caso é apenas um criminoso, sem contar que é um foragido e criminoso tem é que pagar pelos ilícitos praticados. Só e simples assim.
Não é certo que tenha sido ele o autor das mortes. Na época a Itália vivia grave crise politica, e ele foi julgado à revelia, e sem direito de defesa. Foi o boi de piranha.