Nunes rebateu e questionou o deputado se o PT foi golpista no impeachment de Fernando Collor e quando defendeu o afastamento de Fernando Henrique Cardoso. “Não somos golpistas, golpismo é quem está envolvido em corrupção”, afirmou o coordenador.
O deputado Jean Wyllys (Psol-RJ), autor do convite para que Nunes comparecesse à CPI, criticou vídeo postado pelo MBL que dizia que “os negros estão roubando as vagas das universidades federais” e questionou o coordenador se ele concordava com tal afirmação. Nunes disse que não apoia tal manifestação, mas se mantém contrário às cotas. “A cor de pele não faz o mérito para ninguém.”
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Wyllys também afirmou que foi caluniado por membros do MBL. Segundo o parlamentar, o movimento fez postagens em vídeos que diziam que Wyllys afirmava que “cristãos eram nojentos” ou que Wyllys “teria tramado a morte de um músico que o criticava”.
Rubens Nunes respondeu que os vídeos citados pelo deputado não foram feitos pelo MBL e que o movimento não endossa tais afirmações.
Partidarização
Nunes criticou a partidarização da CPI e disse que o MBL não pode ser vítima dessa disputa ideológica. “A CPI tem de procurar estelionatários, pedófilos, criminosos, traficantes e não calar movimento social. Nosso movimento luta pela liberdade”, argumentou.
Jean Wyllys cobrou ainda o posicionamento do MBL em relação às denúncias contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha. “Eduardo Cunha deve ser investigado, mas ele ainda é o presidente da Casa e é quem acata o pedido de impeachment”, respondeu Nunes.
A deputada Alice Portugal (PCdoB-BA) cobrou dos parlamentares do colegiado que se manifestem com relação ao ato do deputado Laerte Bessa (PR-DF), que, durante o debate de hoje, jogou um copo d’água na cara de um participante que o acusou de defender Eduardo Cunha. “Hoje é um copo d’água. Amanhã vai ser um tiro?”, criticou a deputada.
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