Todos são investigados na Operação Lava Jato. O pedido da defesa de Cunha incluiu ainda uma lista com 28 testemunhas a serem ouvidas. Entre elas estão deputados, senadores e até executivos que residem na Ásia.
A reivindicação foi protocolada na ação penal que o presidente afastado da Câmara responde no STF. Ele é acusado de pressionar Camargo pelo pagamento de dinheiro ilícito advindo da negociação dos navio-sondas para a Petrobras. O parlamentar nega todas as acusações. A equipe de defesa do peemedebista questiona a legalidade das acusações ao alegar insuficiência documental para provar a denúncia.
Para justificar o pedido de inclusão das íntegras de áudios e vídeos de delações, os advogados de Cunha mencionam trecho do depoimento de Júlio Camargo, delator da Lava Jato. A contestação é sobre uma reunião que Camargo diz ter tido com Lobão, o então ministro de Minas e Energia, na Base Aérea do Santos Dumond, no Rio de Janeiro. Lá, ainda de acordo com delação, Lobão disse que a estratégia de pressão via Câmara estava sendo capitaneada por Cunha e que, em seguida, Lobão ligou para o parlamentar fluminense na frente de Camargo.
“Esse fato é falso. Justamente por isso o Ministério Público Federal não produziu nenhuma prova de que tal ligação tenha ocorrido, tendo se limitado a pedir a relação de placas que entraram na Base Aérea. Por óbvio que a suposta entrada de pessoas em um local não faz prova do que as pessoas fizeram nesse local. Para desconstruir possíveis conjecturas sobre o que, de fato, ocorreu, resultando na prova cabal de tese acusatória não merece, em nenhuma medida, prosperar, exsurge que a quebra de sigilo telefônico é medida necessária para elucidação dos fatos”, diz trecho do documento assinado pelos advogados da defesa.
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