Reportagem do Correio Braziliense deste domingo aponta que as relações de Ademirson Ariovaldo da Silva, secretário particular do ministro Antonio Palocci, iriam muito além do agendamento de viagens e reuniões e do acompanhamento da agenda do responsável pela pasta da Fazenda.
Novos dados da quebra de sigilo telefônico, de posse da CPI dos Bingos, revelam que funcionários de ministérios, da Presidência da República, dirigentes da Fiesp e da Febraban e até o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga mantiveram contatos telefônicos com Ademirson entre 2003 e 2005. Há também registro de ligações de pessoas investigadas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público por supostos saques ao erário público.
De acordo com a reportagem, as ligações para o celular de Ademirson tinham como destinatário o ministro Palocci.
Entre as pessoas descobertas na quebra de sigilo, figuram os ex-colaboradores de Palocci Rogério Buratti, Vladimir Poleto e Ralf Barquete – o secretário do ministro disse que em tais contatos tratou de amenidades. Há também telefonemas para o ex-executivo do grupo Leão Leão Marcelo Franzine (investigado pelo Ministério Público por fraudes em licitações), o lobista do mercado financeiro carioca Carlos Eduardo Valente, ligado ao Banco Prosper, e os empresários José Roberto Colnaghi (aquele do jatinho que teria transportado dólares cubanos e no qual Palocci já andou de carona) e Roberto Carlos Kuzweil (dono do Ômega blindado que carregava figurões do PT).
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Procurado pelo Correio, o Ministério da Fazenda e Ademirson não quiseram se pronunciar sobre o assunto.
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