Segundo nota publicada ontem pelo colunista Lauro Jardim, do Globo, Pinheiro prometeu aos procuradores da Lava Jato revelar detalhes de repasses feitos por ele a Leal não declarados à Justiça eleitoral. O executivo negocia acordo de delação premiada.
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Sirkis diz que Léo Pinheiro fez duas doações que totalizaram R$ 400 mil à campanha de Marina. De acordo com ele, os valores foram registrados como contribuição para o Comitê Financeiro Único do PV no Rio de Janeiro, em vez do comitê da campanha nacional, e utilizados para custear pessoal e impressão de materiais diversos para o partido.
“As doações serviram para apoiar a campanha presidencial no Estado do Rio de Janeiro, a de governador, de deputados federais e estaduais, que funcionaram naquela eleição com uma logística unificada (material, pesquisas, rádio e TV)”, escreveu Sirkis, em nota. “Não cabe a insinuação de que a campanha de Marina tenha recebido quaisquer doações ilegais”, acrescentou.
Segundo o ex-deputado, a reunião foi marcada em São Paulo a pedido do próprio Léo Pinheiro, que tinha interesse em conhecer as ideias da campanha presidencial de Marina. “A reunião foi curta e consistiu principalmente de perguntas do sr. Léo Pinheiro sobre nossas posições em relação à economia brasileira e questões ambientais”, contou Sirkis.
Também em nota, Marina negou ter utilizado recursos de caixa dois em sua campanha. “Guilherme Leal, que foi candidato a vice em minha chapa à Presidência em 2010, sempre foi fiel ao compromisso ético e à orientação política de que todos os recursos de financiamento da campanha teriam origem e uso inteiramente legais e não acredito que nenhum dirigente do PV possa ter usado meu nome sem ter me dado conhecimento, ainda mais para fins ilícitos”, escreveu.
Leia a íntegra da nota de Marina Silva:
“Todo apoio à Lava Jato’
Neste sábado, recebi a notícia de que estaria sendo divulgado em alguns jornais e sites uma suposta menção a meu nome em delação premiada à força-tarefa que investiga a corrupção na Petrobras. Segundo essas fontes, dinheiro de uma empreiteira teria sido destinado ao “caixa-dois” da minha campanha à Presidência da República em 2010.
Como ressaltou recentemente o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, “da esquerda à direita, do anônimo às mais poderosas autoridades, ninguém, ninguém mesmo, estará acima da Lei”. Por esse motivo, quero que as autoridades deem a devida atenção a essa acusação.
De minha parte, reafirmo que a Operação Lava Jato não pode sofrer nenhuma tentativa de interferência ou constrangimento para apurar denuncias de corrupção, posso alegar que nunca usei um real sequer em minhas campanhas que não tivesse sido regularmente declarado.
Guilherme Leal, que foi candidato a vice em minha chapa à Presidência em 2010, sempre foi fiel ao compromisso ético e à orientação política de que todos os recursos de financiamento da campanha teriam origem e uso inteiramente legais e não acredito que nenhum dirigente do PV possa ter usado meu nome sem ter me dado conhecimento, ainda mais para fins ilícitos.
Posso assegurar à opinião pública brasileira que, neste momento em que a sarjeta da política já esta repleta de denunciados, o melhor caminho é confiar no trabalho do Ministério Público e da Polícia Federal. Por isso reitero meu apoio e confiança no trabalho da Justiça.”
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