Depois de ter sido obrigado a recuar da censura imposta a uma propaganda do Banco do Brasil que culminou na demissão do diretor de Comunicação e Marketing da instituição, Delano Valentim, o presidente Jair Bolsonaro voltou a tocar no assunto neste sábado (4). Em seu Twitter, afirmou que não se tratou de censura, mas “de respeito com a população brasileira”.
Qualquer empresa privada tem liberdade para promover valores e ideologias que bem entendem. O público decide o que faz. O que não pode ser permitido é o uso do dinheiro dos trabalhadores para isso. Não é censura, é respeito com a população brasileira.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) May 4, 2019
A peça publicitária em questão, marcada por um tom jovial, diversidade de raça e estilo dos atores e atrizes convidados, saiu do ar, e foi substituída. Veja abaixo o vídeo censurado:
O assunto voltou à tona na sexta (3) com uma campanha que o Burguer King lançou no You Tube para recrutar funcionários, na qual a rede de cita como critério “ter participado de um comercial de banco [do Brasil] que tenha sido vetado e censurado nas últimas semanas”, numa indireta ao caso do BB. O vídeo (abaixo) está entre os mais comentados das redes sociais.
Censura
A ordem para tirar a propaganda do BB do ar foi dada diretamente por Bolsonaro ao presidente do BB, Rubem Novaes. Por meio da assessoria do banco, no dia 25 de abril, ele afirmou: “O presidente e eu concordamos que o filme deveria ser recolhido. Saída do diretor em decisão de consenso inclusive com aceitação do próprio”. O Palácio do Planalto foi procurado no mesmo dia, mas disse que não iria se manifestar.
Ainda como desdobramento do caso, um e-mail foi enviado a todos as áreas do governo, inclusive estatais, como o próprio BB, Petrobras e Correios: “Em atendimento à decisão estratégica de maximizar o alinhamento de toda ação de publicidade do Poder Executivo federal, comunicamos que a partir desta data o conteúdo de todas as ações publicitárias, inclusive de natureza mercadológica deverá ser submetido para conformidade prévia da Secom” informava o e-mail enviado às estatais.
Na sexta, dia 26 de abril, veio o recuo. A Secretaria de Governo informou que peças publicitárias de empresas estatais não precisarão passar pelo aval do governo. “A Secom, ao emitir o email veiculado, não observou a Lei das Estatais, pois não cabe à Administração Direta intervir no conteúdo da publicidade estritamente mercadológica das empresas estatais”, diz a nota.
Em seus 27 anos de vida parlamentar, o presidente colecionou falas polêmicas em relação às minorias. Em entrevista à revista Playboy, por exemplo, disse que seria incapaz de amar um filho homossexual: “Prefiro que um filho meu morra num acidente do que apareça com um bigodudo por aí”. Em discursos na tribuna da Câmara, não faltam declarações de machistas e racistas, em que afirma que chamadas minorias devem “se curvar às maiorias” ou serão “esmagadas”. Ao final da campanha eleitoral, no ano passado, porém, começou a negar várias dessas declarações.
>> Bolsonaro veta comercial do Banco do Brasil que celebra diversidade. Assista
Nn
Um paladino da moral e decência desceu dos céus de Olimpo…..me engana que eu gosto….cadê a ética para demitir ministro envolvido até o pescoço com laranjal, embora, por fuxicos do filhinho (o mais querido), tenha demitido e escrachado seu outro ministro, amigo do peito, de confiança, e também seu advogado, que, em contrapartida, lhe devolveu todos os processos nos quais o defendia; defender o dinheiro do povo, com outro filhote se enrolando cada vez mais para explicar contratações de parentes de miliciano em seu gabinete e “rachadinhas” confirmadas pelo seu próprio assessor e fiel escudeiro…Me expliquem, como um comercial que valoriza a diversidade pode ser censurado por uma pessoa capaz de reproduzir um “golden shower” nas suas redes sociais? Uma coisa é a rua…vai quem quer, e o bloco se propunha a tal…agora, a telinha, poderia estar nas mãos de crianças, e aí?? Afh, afh, afh…Preciso, não de um “censor”, mas de um “trabalhador”, um “líder”…um cara que decida, e que não fique voltando atrás, toda hora. Eu sou cidadão brasileiro; não preciso que alguém “pense” por mim, sou livre, capaz, e pago meus impostos. Agora, odeio ver mais um algoz, demitindo uma pessoa que tem gabarito, em nível de Diretor, para ocupar o lugar onde estava, se não fosse assim, não teria sido contratado pela Estatal. Não entendi porque o digníssimo sr. Presidente da Estatal não entregou a sua carta de demissão, também…depois de tanta humilhação e ingerência na sua administração…
Não votei nele. No entanto, quem governa o faz para todos. Então tem quem goste e quem não. Daí apoio que não se torça o governo por lado algum. só governe. Daí que foi acertada a decisão contra o BB. Não se pode ideoligizar todo o povo.
O dinheiro público não é pra promover ideologias… Desde que não sejam as retrógradas e estúpidas dele, né?
Além de ser um incompetente como governante e um desprezível como ser humano, é um hipócrita de marca maior.
Boa matéria. Como sempre, há os idiotas conservadores, que formam uma cambada de chucros, que se escondem na desculpa do “dinheiro público mal gasto” para tentar disfarçar a ignorância. São um atraso de vida. Deviam estar pastando. Parabéns, Débora.
Nossa quanta elegância em sua fala. O vídeo fala na adversidade de pessoas, em pessoas diferentes e que pensam diferentes. E você vem com toda essa agressividade e respeito aos que pensam diferem…. Meus Parabéns….(foi uma ironia) Vai que….
O presidente está certíssimo.
Na bizarra era petista, nos acostumamos com o dinheiro público financiando proselitismo ideológico, o que é uma aberração. Dinheiro público é escasso e deve ser utilizado de forma comedida. Bolsonaro pode ir além e cortar por completo a publicidade estatal, embora, deva-se reconhecer, já a reduziu significativamente.
Comedida, tipo patrocinar jantar em homenagem a ele em New York. Lugar onde, diga-se de passagem, é persona non grata. Hipocrisia é foda.
Prepotente como Dilma, falastrão como Dilma, sem noção como Dilma, ignorante como Dilma, é a Dilma de calças…
Não diga bobagem.
Bolsonaro está cercado de grandes nomes, como Paulo Guedes, Moro e Salim Mattar, enquanto Dilma tinha a nova matriz macroeconômica e apoiava Maduro.
O quê?! Kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
Vamos lá: um rentista acusado de fraude em fundos de pensão de empresas públicas que nunca teve qualquer experiência ou trabalho relevante na área econômica, exceto comprar e vender papel. Um juiz de primeira instância que se dizia anticorrupção e agora é só pedir desculpas pela roubalheira que ele aceita e que “copia e cola” projeto de ministro anterior. E um empresário do aluguel de carros que diz querer privatizar tudo sem saber como nem por onde começar e que precisou pagar uma paulada pra CVM arquivar seus processos de maracutaia na abertura de capital da empresa. Cita mais gente “competente” aí. Esse governo faz tudo de ruim e de sujo que o PT fez e mais um pouco. Deixa de ser gado.
Fez muito bem, meu dinheiro não é para isso.