O empresário Eike Batista disse, em depoimento à CPI da Petrobras, que o BNDES não teve qualquer prejuízo com os financiamentos ao grupo EBX e explicou que suas empresas perderam 90% do valor de mercado por causa do investimento frustrado na exploração de petróleo. Ele chegou a pedir desculpas aos que tiveram prejuízos ao investir no projeto, mas fez questão de dizer que muitos deles venderam suas ações “na alta” e obtiveram grandes lucros.
Ao responder pergunta do relator da CPI, deputado José Rocha (PR-BA), Eike explicou que suas companhias perderam valor de mercado e 90% de seus ativos em função de uma “corrida bancária” decorrente da baixa produção de campos de petróleo que uma das empresas do grupo, a OGX, obteve na Bacia de Campos.
“Eu arrisquei demais em um negócio altamente arriscado, que é a produção de petróleo. Os campos renderam um terço do esperado, depois que a empresa captou 11 bilhões de reais no exterior”, declarou.
Eike está sendo processado por crimes contra o mercado financeiro, por manipulação do mercado e uso de informação privilegiada com possível prejuízo aos investidores na venda de ações da OGX (hoje OGPar).
O empresário afirmou que o BNDES não teve qualquer prejuízo com os empréstimos feitos às empresas dele. “Não sei por que repetem isso. O BNDES teve prejuízo zero”, disse.
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Segundo Eike Batista, as empresas dele não obtiveram condições diferenciadas nos empréstimos junto ao banco. “Os empréstimos foram importantes e foram pagos com juros, como todo mundo paga, tudo lastreado em garantias, até mesmo meus bens pessoais”, garantiu o empresário.
Ele disse que o grupo obteve financiamento de R$ 10 bilhões do BNDES, investidos nas empresas MPX, LX e EMX, sem contar financiamento da empresa de participações acionárias do BNDES (BNDESpar) à MPX.
Em CPI, Eike diz que recursos do BNDES foram apenas parte dos seus investimentos
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