Coutinho afirmou que as instituições equivalentes de países como Japão, Inglaterra, Alemanha, França e Itália seguem critérios mais rígidos de segredo, em defesa de seus respectivos setores privados e para evitarem litígios. Ele acredita que a discussão no Brasil também deve se dar levando em conta os interesses nacionais.
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O presidente do BNDES pediu a colaboração do Senado para que a discussão sobre a política de empréstimos do banco se dê de forma “técnico-metodológica”.
Coutinho citou nominalmente a CAE e a Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional em relação a essa sua preocupação. Ele reiterou que a instituição é obrigada a cumprir toda uma legislação referente ao sigilo bancário no que tange à intimidade financeira das empresas, fazendo uma analogia com a inviolabilidade das informações bancárias das pessoas físicas. Disse ainda que a direção do banco poderia até ser responsabilizada judicialmente no caso do vazamento dessas informações.
Consulta pela Internet
Coutinho ainda apresentou um vídeo didático explicitando como qualquer internauta pode consultar, através do site da instituição, a política de empréstimos seguida pelo banco.
Afirmou que o BNDES cumpriu um papel anticíclico em virtude da crise de 2008, que passou a ser mais contido a partir de 2011 e agora, dentro da lógica do ajuste fiscal, também se encontra mais restrito.
O presidente ainda apresentou dados que mostram uma desconcentração de investimentos. Entre 2007 e 2014, segundo demonstrou, os desembolsos percentuais cresceram para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, tendo se mantido estável para o Sul e decrescido apenas na região Sudeste. Ele também apresentou dados de investimentos para obras de mobilidade urbana nos estados.
Coutinho afirmou que a atenção para as micro e pequenas empresas é uma prioridade da sua gestão. Em 2014, por exemplo, a carteira para essas empresas chegou a quase R$ 60 bilhões de reais. Garantiu que o banco tem uma carteira de “alta qualidade”, mesmo se comparada à do setor privado, apresentando as mais baixas taxas de inadimplência do mercado.
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