Em complementação ao seu acordo de delação, o empresário Joesley Batista entregou nesta sexta (1) novas informações à procuradoria-geral da República (PGR). De acordo com reportagem da TV Globo, a complementação da delação de Joesley Batista agora detalha pagamento de R$ 5 milhões ao ex-presidente do Banco do Brasil e da Petrobras, Aldemir Bendine.
Bendine foi preso na 42ª fase da Lava Jato, batizada de Operação Cobra, em julho. Ele é acusado de receber R$ 3 milhões em propinas da Odebrecht, pouco antes de assumir a Petrobras, para não prejudicar os contratos da empreiteira com a estatal. Ele foi denunciado pelo Ministério Público por corrupção passiva, corrupção ativa, lavagem de dinheiro, embaraço à investigação e organização criminosa no último dia 22 de agosto.
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Segundo Joesley, um constrangido Bendine foi pessoalmente à sua casa para pedir R$ 5 milhões emprestados para comprar um imóvel em 2013, quando ainda era presidente do BB. Em contrapartida, Bendine teria dito a Joesley que não seria capaz de beneficiar a empresa no BB, mas prometeu “se esforçar” para atender pedidos da JBS, mesmo que não necessariamente no Banco do Brasil.
Sem garantias de que seria beneficiado de alguma forma, pensando na influência e bom trânsito de Bendine no governo, Joesley aceitou o pedido. Para receber parte da quantia, Bendine foi pessoalmente à sede da J&F, holding que controla a JBS, acompanhado de outro homem. Como provas, Joesley apresentou planilhas com valores e datas dos repasses. O empresário disse ainda que Bendine não devolveu o empréstimo.
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