Veja o momento da discussão (a partir de 1min59):
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O plenário ainda deveria ter votaado a MP 709/2015, que vence nesta sexta-feira (1º), mas um bate boca entre senadores da base aliada do governo e da oposição resultou no encerramento da sessão pelo presidente Renan Calheiros (PMDB-AL). A MP 709 abre crédito extraordinário no valor de R$ 1,318 bilhão para os ministérios da Integração Nacional; da Saúde; da Defesa; da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; da Cultura; do Esporte; e do Turismo.
As discussões envolveram o oposicionista Ronaldo Caiado (DEM-GO) e os senadores petistas Lindbergh Farias (PT-RJ) e Gleisi Hoffmann (PT-PR). Caiado fez críticas à MP 698. “Estão querendo fazer política pública com o fundo do trabalhador. Está fazendo casa com dinheiro do trabalhador, não com o dinheiro do orçamento”. Lindbergh e Gleisi, por sua vez, defendiam a matéria.
“Às vezes fico impressionado com o tamanho do elitismo, porque não tem outra forma de dizer isso. Não se faz casa para pobre sem subsídio. Não se faz casa para pobre se não houver recurso do FGTS, Senador. É simples assim!”, retrucou Lidbergh.
Em seguida, o debate foi desviado para o tema do impeachment da presidente Dilma. Os parlamentares assumiam o microfone indiscriminadamente, sem respeitar o término da fala dos outros. “A partir do momento em que a Mesa conceder a palavra, o senador não pode abrir o microfone e interferir na intervenção do outro. Porque senão nós estaremos dando ao Brasil um péssimo exemplo também”, disse Renan Calheiros. No entanto, o pedido foi em vão e o presidente encerrou a sessão.
Após a confusão, Lindbergh conversou com jornalistas e disse estar confiante de que o processo de impeachment não avançará. “As negociações estão se intensificando com vários partidos da base. O impeachment está mais longe depois da debandada do PMBD”, avalia o petista, que adiantou que o ministro-chefe do gabinete pessoal de Dilma, Jaques Wagner, fará em breve o anúncio de uma nova reforma ministerial. “O gesto precipitado do PMDB facilitou o jogo do governo. Eles [PMDB] erraram”, concluiu.
Já o oposicionista Ronaldo Caiado discorda, e defendeu que “o impeachment de Dilma é a salvação do PT”.
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