Outro sócio, representante da Yelloww Consultoria Ltda., é Augusto Ribeiro de Mendonça Neto. Ele é um dos delatores da Operação Lava Jato. Em depoimento à força-tarefa das investigações, Augusto revelou que destinou R$ 60 milhões em recursos ilícitos para o ex-diretor da Petrobras Renato Duque, ligados às obras da refinaria Repar, em Araucária (PE).
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O empresário representa várias empresas desde a década de 1990. Entre elas, a Setal Engenharia (transformada depois em Toyo Setal) e admitiu ter sido cobrado por ex-diretores da estatal para realizar pagamentos em forma de doação oficial para campanhas eleitorais do PT. Ainda na delação, Augusto disse que repassou cerca de R$ 4 milhões ao PT, entre 2008 e 2011, por orientação de Duque.
Além do parlamentar e do delator, também fazem parte da sociedade a filha do ex-deputado Eduardo Gomes (PSDB-TO), Luna Mirah de Araújo Gomes; o empresário Edison Donizete Benette, responsável pela Unialimentar Comércio e Serviços de Alimentos Ltda.; e o empresário Geraldo Vagner de Oliveira, morto em junho deste ano, vítima de um acidente de helicóptero em Jundiaí, São Paulo.
Em 2012, ao firmar o contrato de sócio-administrativo, Russomanno afirmou que não precisaria investir qualquer valor em dinheiro e que pagaria suas cotas na sociedade trabalhando como gestor do estabelecimento, que se tornou um dos bares mais frequentados da orla do Paranoá, o gigantesco lago artificial que circunda Brasília.
À época, o deputado explicou: “Ainda não coloquei nenhum dinheiro. Vou é administrar. O meu capital será integralizado conforme o passar dos anos e à medida que o dinheiro for entrando”. A participação do deputado no negócio fez com que fosse duplicado o patrimônio declarado por ele à Justiça Eleitoral em 2012, ano de inauguração do Bar do Alemão.
O juiz Jerry Teixeira foi o responsável por aceitar o pedido de despejo feito pela Construcen, proprietária do prédio onde funciona o bar. De acordo com os advogados da administradora de imóveis, “não havia outra medida a ser tomada”. “Tentamos negociar várias vezes, mas os donos do bar nunca pagaram”, disse o advogado da empresa, André da Mata.
Funcionários do estabelecimento afirmaram que estão sem receber os 10% das gorjetas pagas pelos clientes desde janeiro deste ano. Reclamaram ainda que o salário deste mês está atrasado. Todos chegaram na manhã de sexta-feira (5) para trabalhar normalmente, mas foram surpreendidos pela decisão de despejo e tiveram que deixar o local.
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